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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
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domingo, 22 de novembro de 2009
KALIBRADOS-TE AMO
Ok...6 da Manhã !
Como é bom olhar pra ti e sabe k tú es tudo pra mim.
Não sei se te amo demais ou se te amo pouco. Mas...uma coisa é
certa
tudo k eu tenho pra ti é que eu te amo.
Um dia o Sol brilhou diferente pra mim
fui envolvido no teu jeito e tudo começou assim
Vi verdade e fantasia, num mundo de magia
vi diante dos meus olhos o que só nos sonhos via
Sei lá...o teu modo de ser contagia toda a gente
tô sem algo pra dizer
Naum sei falas quando deve, ouve quando deve
pois o teu maior problema quando falas fico leve
Es minha amada como nunca ninguém foi
minha heroína deixa eu ser o teu herói
Quando naum estamos dói
quando estou contigo rói
é uma coisa inesplicavel k me abala e me destrói
M - A - R - I - S - A
Nós somos feitos um pro outro
naum há como negar
faço tudo por ti
vou à Lua por ti
Faças o mesmo por mim
que o nosso amor segue assim
REFRÃO (2x)
vou cantar pra ti
Vou dizer te que
Menos um dia da tua vida deixhaste fugir
Naum tens defeitos pra mim
sem tirar nem por, deixa assim
tú es a eleita, verdadeira, companheira para mim
Como é bonito ter-te aqui ao pé de mim
deitada no meu peito alegre vendo-te sorrir
a felicidade entra em meu coração
é tanta emoção que naum sinto as pernas no chão
Love, amar-te é fácil porque tu também me amas
dois corações em chamas, és tu meu anjo da guarda
digo que te amo e tenho sido sincero
naum há nada pra esconder quando o amor é verdadeiro
Tu es Jasmin, eu sou Aladdin
estamos presos tipo açucar num cremoso pudim, sim
é maravilha partilhar minha vida
com alguém especial, uma mulher tão querida
que chora quando choro, sofre quando sofro
trata e me cuida com seu unico tesouro
Por onde eu andar serás a direção, onde fores
com seus olhos e meus também pra lá então
(REFRÃO) 2x
Entraste no meu coração, agora tu és
my baby, my baby, mine 2x
Hoje eu...estou decidido e preciso falar
já naum sei se é paixão, sentimento
ou mais ! Que...
carrego no meu peito esse amor
que tomou posse do meu próprio valor.
Amo-te demais porque eu sinto
que nasceste pra mim, baby, eu naum resisto
quero-te demais, necessito o teu calor e o teu
amor, doce labirinto
Vivo por saber q tu estas em mim
será que naum acreditas no que te supir
como eu adoro teus beijos
talvez porque são maços e parecem sinceros
A vida é só mais vida porque tu estas
naum imaginas o vazio quando naum estas
Os teus lábios nos meus, naum pensei Deus
ela me faz tão bem !!
Entraste no meu coração, agora tú és ma baby
ma baby, mine 2x
(REFRÃO) 2x
Por: Nicolau
Como é bom olhar pra ti e sabe k tú es tudo pra mim.
Não sei se te amo demais ou se te amo pouco. Mas...uma coisa é
certa
tudo k eu tenho pra ti é que eu te amo.
Um dia o Sol brilhou diferente pra mim
fui envolvido no teu jeito e tudo começou assim
Vi verdade e fantasia, num mundo de magia
vi diante dos meus olhos o que só nos sonhos via
Sei lá...o teu modo de ser contagia toda a gente
tô sem algo pra dizer
Naum sei falas quando deve, ouve quando deve
pois o teu maior problema quando falas fico leve
Es minha amada como nunca ninguém foi
minha heroína deixa eu ser o teu herói
Quando naum estamos dói
quando estou contigo rói
é uma coisa inesplicavel k me abala e me destrói
M - A - R - I - S - A
Nós somos feitos um pro outro
naum há como negar
faço tudo por ti
vou à Lua por ti
Faças o mesmo por mim
que o nosso amor segue assim
REFRÃO (2x)
vou cantar pra ti
Vou dizer te que
Menos um dia da tua vida deixhaste fugir
Naum tens defeitos pra mim
sem tirar nem por, deixa assim
tú es a eleita, verdadeira, companheira para mim
Como é bonito ter-te aqui ao pé de mim
deitada no meu peito alegre vendo-te sorrir
a felicidade entra em meu coração
é tanta emoção que naum sinto as pernas no chão
Love, amar-te é fácil porque tu também me amas
dois corações em chamas, és tu meu anjo da guarda
digo que te amo e tenho sido sincero
naum há nada pra esconder quando o amor é verdadeiro
Tu es Jasmin, eu sou Aladdin
estamos presos tipo açucar num cremoso pudim, sim
é maravilha partilhar minha vida
com alguém especial, uma mulher tão querida
que chora quando choro, sofre quando sofro
trata e me cuida com seu unico tesouro
Por onde eu andar serás a direção, onde fores
com seus olhos e meus também pra lá então
(REFRÃO) 2x
Entraste no meu coração, agora tu és
my baby, my baby, mine 2x
Hoje eu...estou decidido e preciso falar
já naum sei se é paixão, sentimento
ou mais ! Que...
carrego no meu peito esse amor
que tomou posse do meu próprio valor.
Amo-te demais porque eu sinto
que nasceste pra mim, baby, eu naum resisto
quero-te demais, necessito o teu calor e o teu
amor, doce labirinto
Vivo por saber q tu estas em mim
será que naum acreditas no que te supir
como eu adoro teus beijos
talvez porque são maços e parecem sinceros
A vida é só mais vida porque tu estas
naum imaginas o vazio quando naum estas
Os teus lábios nos meus, naum pensei Deus
ela me faz tão bem !!
Entraste no meu coração, agora tú és ma baby
ma baby, mine 2x
(REFRÃO) 2x
Por: Nicolau
KALIBRADOS-VOU CANTAR PRA TI
Refrão:
Vou cantar pra ti...
Vou dizer.te que ...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
Vou cantar pra ti ...
Vou dizer.te que ...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir ...
A minha voz é uma brisa a flutuar dentro de ti
O que deixas-te passar eu já deixei também perdi
E vi que nessa vida não se pode dormir
Tudo tem um preço alto e melhor diluir
Todas essas falhas sabes que são várias
Não caminhes pelo mundo de vista vendadas
Abre o teu olho da mente vê com o teu coração
A boa relação depende de uma afeição
Estou a cantar pra ti e a dizer.te que
O teu amor está escaço será bom corrigir
Quando mais um dia vai-se embora
É menos um dia que a tua vida tem não joga fora
Quanto mais longe o vento te levar melhor
Divina será benção se viveres com amor,mor,mor,mor
Refrão:
Vou cantar pra ti...
...Vai canta pra mim...
Vou dizer.te que...
...Vais dizer.me que...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
...Ya deixa fluir...
Vou cantar pra ti ...
...Ya canta pra mim...
Vou dizer.te que...
...Vais dizer.me que...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
...Ya deixa fluir...
Fatigado chegas sempre cansado
Sem tempo para amar as pessoas que tens ao lado
Dedicado quase nunca compensado
Falhado como filho, irmão, neto e namorado
Habitas no vazio e o vazio habita em ti
Sim, sei que te sentes assim
E o mais dificil será falar ou o mais dificil é não
ter com quem falar
Fala eu tou aqui por perto
Chama o senhor para eluminar o teu tragecto
Querer e não fazer não ponho o peito completo
E de boas intenções o inferno tá repleto
Nota bem para um pouco pra pensar
Se não amares quem te ama afinal quem vais amar
Troca carinho deixa a vida te levar
E da luz as novas estrelas pra brilhar no teu olhar
Refrão:
Vou cantar pra ti...
...Vai canta pra mim...
Vou dizer-te que...
...Vais dizer-me que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir...
...Vai deixa fluir...
Ésse é mais um dia daqueles dias que vais ter que
acordar
E reparar que mais um dia te deixas .te passar
Opurtunidades na vida só vêm uma vez
Levanta tua cabeça mantem bem firme os teus pés
Avança agora não fiques panco
A vida é um jogo e tu és o melhor em campo
Tudo o que tu precisas tá dentro de ti
Antes de apontar pra fora aponta pra dentro de ti
Dinheiro é poder, respeito é honra
Luta pra ter esses manbos enquanto é hora
Evita guerra, frabrica paz
Cobiça a tua vida não deixes nada pra traz
Felicidade é sinónimo que a vida não corre em vão
Esquece as tristezas precorre com a compaixão
Ama quem te ama
Respeita quem te respeita
Dá valor a quem merece,não há quem só quem te
aproveita
Demonstra a ti mesmo que és forte e tens talento
Representa-te valoriza-te a 100%
Só deixas de viver quando juntas as botas
Mundo é jogo, vida é regra morrer é batota
Refrão:
Vou cantar pra ti...
Vou dizer-te que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir...
Vou cantar pra ti ...
Vou dizer-te que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir.....
Por: Nicolau
Vou cantar pra ti...
Vou dizer.te que ...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
Vou cantar pra ti ...
Vou dizer.te que ...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir ...
A minha voz é uma brisa a flutuar dentro de ti
O que deixas-te passar eu já deixei também perdi
E vi que nessa vida não se pode dormir
Tudo tem um preço alto e melhor diluir
Todas essas falhas sabes que são várias
Não caminhes pelo mundo de vista vendadas
Abre o teu olho da mente vê com o teu coração
A boa relação depende de uma afeição
Estou a cantar pra ti e a dizer.te que
O teu amor está escaço será bom corrigir
Quando mais um dia vai-se embora
É menos um dia que a tua vida tem não joga fora
Quanto mais longe o vento te levar melhor
Divina será benção se viveres com amor,mor,mor,mor
Refrão:
Vou cantar pra ti...
...Vai canta pra mim...
Vou dizer.te que...
...Vais dizer.me que...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
...Ya deixa fluir...
Vou cantar pra ti ...
...Ya canta pra mim...
Vou dizer.te que...
...Vais dizer.me que...
Menos um dia da tua vida deixas.te fugir...
...Ya deixa fluir...
Fatigado chegas sempre cansado
Sem tempo para amar as pessoas que tens ao lado
Dedicado quase nunca compensado
Falhado como filho, irmão, neto e namorado
Habitas no vazio e o vazio habita em ti
Sim, sei que te sentes assim
E o mais dificil será falar ou o mais dificil é não
ter com quem falar
Fala eu tou aqui por perto
Chama o senhor para eluminar o teu tragecto
Querer e não fazer não ponho o peito completo
E de boas intenções o inferno tá repleto
Nota bem para um pouco pra pensar
Se não amares quem te ama afinal quem vais amar
Troca carinho deixa a vida te levar
E da luz as novas estrelas pra brilhar no teu olhar
Refrão:
Vou cantar pra ti...
...Vai canta pra mim...
Vou dizer-te que...
...Vais dizer-me que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir...
...Vai deixa fluir...
Ésse é mais um dia daqueles dias que vais ter que
acordar
E reparar que mais um dia te deixas .te passar
Opurtunidades na vida só vêm uma vez
Levanta tua cabeça mantem bem firme os teus pés
Avança agora não fiques panco
A vida é um jogo e tu és o melhor em campo
Tudo o que tu precisas tá dentro de ti
Antes de apontar pra fora aponta pra dentro de ti
Dinheiro é poder, respeito é honra
Luta pra ter esses manbos enquanto é hora
Evita guerra, frabrica paz
Cobiça a tua vida não deixes nada pra traz
Felicidade é sinónimo que a vida não corre em vão
Esquece as tristezas precorre com a compaixão
Ama quem te ama
Respeita quem te respeita
Dá valor a quem merece,não há quem só quem te
aproveita
Demonstra a ti mesmo que és forte e tens talento
Representa-te valoriza-te a 100%
Só deixas de viver quando juntas as botas
Mundo é jogo, vida é regra morrer é batota
Refrão:
Vou cantar pra ti...
Vou dizer-te que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir...
Vou cantar pra ti ...
Vou dizer-te que...
Menos um dia da tua vida deixas-te fugir.....
Por: Nicolau
KALIBRADOS-MENOS UM DIA
Vou cantar para ti,
Vou dizer-te que,
Menos um dia da tua vida
Deixaste fugir
A minha voz é uma brisa a flutuar dentro de ti
o que deixaste passar eu já deixei, também perdi
e vi que nessa vida não se pode dormir
tudo tem um preço alto, é melhor diluir
todas essas falhas
sabes que são várias
não caminhes pelo mundo de vistas vendadas
abre o teu olho da mente, vê com o teu coração
a boa relação depende de uma afeição
estou a cantar pra ti
e a dizer-te que
o teu amor esta escasso sera bom corrigir
quando mais um dia vai-se embora
é menos um dia que a tua vida tem, não jogue fora
quanto mais longe o vento te levar melhor
divina será benção se viveres com amor.
*refrão*
Fatigado, chegas sempre casado
sem tempo para amar as pessoas que tens ao lado
dedicado, quase nunca compensado
falhado como flho, irmão, neto e namorado
habitas no vazio e o vazio habita em ti
sim, sei que te sentes assim
e o mais dificil será falar
ou o mais dificil é não ter com quem falar?
fala, eu tô aqui por perto
chamo o Senhor para iluminar o teu trajeto
querer e não fazer não põe o peito completo
e de boas intenções o inferno está repleto
nota bem, para um pouco pra pensar
se não amares quem te ama afinal quem vais amar?
troca carinho, deixa a vida te levar
e dá luz a novas estrelas pra brilhar no teu olhar.
*refrão*
Esse é mais um daqueles dias que vais ter que acordar
e reparar que é mais mais um dia que deixaste passar
oportunidades na vida só vêm uma vez
levanta tua cabeça, mantém bem firme os teus pés
avança agora, não fiques panco
a vida é um jogo e tu és o melhor em campo
tudo que tu precisas está dentro de ti
antes de apontar para fora aponta para dentro de ti
dinheiro é poder, respeito é honra
luta pra ter esses mambos enquanto é hora
evita a guerra, fabrica a paz
cobice a tua vida, não deixes nada pra trás
felicidade é sinónimo que a vida não corre em vão
esquece as tristezas, percorre com a compaixão
ama quem te ama, respeita quem te respeita
da valor a quem merece e não a quem só te aproveita
demonstra a ti mesmo que és forte e tens talento
representa-te, valoriza-te a 100%
só deixas de viver quando juntas as botas
mundo é jogo, vida é regra, morrer é batota.
Por: Nicolau
Vou dizer-te que,
Menos um dia da tua vida
Deixaste fugir
A minha voz é uma brisa a flutuar dentro de ti
o que deixaste passar eu já deixei, também perdi
e vi que nessa vida não se pode dormir
tudo tem um preço alto, é melhor diluir
todas essas falhas
sabes que são várias
não caminhes pelo mundo de vistas vendadas
abre o teu olho da mente, vê com o teu coração
a boa relação depende de uma afeição
estou a cantar pra ti
e a dizer-te que
o teu amor esta escasso sera bom corrigir
quando mais um dia vai-se embora
é menos um dia que a tua vida tem, não jogue fora
quanto mais longe o vento te levar melhor
divina será benção se viveres com amor.
*refrão*
Fatigado, chegas sempre casado
sem tempo para amar as pessoas que tens ao lado
dedicado, quase nunca compensado
falhado como flho, irmão, neto e namorado
habitas no vazio e o vazio habita em ti
sim, sei que te sentes assim
e o mais dificil será falar
ou o mais dificil é não ter com quem falar?
fala, eu tô aqui por perto
chamo o Senhor para iluminar o teu trajeto
querer e não fazer não põe o peito completo
e de boas intenções o inferno está repleto
nota bem, para um pouco pra pensar
se não amares quem te ama afinal quem vais amar?
troca carinho, deixa a vida te levar
e dá luz a novas estrelas pra brilhar no teu olhar.
*refrão*
Esse é mais um daqueles dias que vais ter que acordar
e reparar que é mais mais um dia que deixaste passar
oportunidades na vida só vêm uma vez
levanta tua cabeça, mantém bem firme os teus pés
avança agora, não fiques panco
a vida é um jogo e tu és o melhor em campo
tudo que tu precisas está dentro de ti
antes de apontar para fora aponta para dentro de ti
dinheiro é poder, respeito é honra
luta pra ter esses mambos enquanto é hora
evita a guerra, fabrica a paz
cobice a tua vida, não deixes nada pra trás
felicidade é sinónimo que a vida não corre em vão
esquece as tristezas, percorre com a compaixão
ama quem te ama, respeita quem te respeita
da valor a quem merece e não a quem só te aproveita
demonstra a ti mesmo que és forte e tens talento
representa-te, valoriza-te a 100%
só deixas de viver quando juntas as botas
mundo é jogo, vida é regra, morrer é batota.
Por: Nicolau
KALIBRADOS-NÃO DEU PARA SER FIEL
Foi num quarto de hotel depois de uma actuação
Amo a minha mulher, mas não sou de ferro não… então!
Se não fizesse com tanta provocação minha masculinidade entrava em questão
Bateram a porta fui abrir só de boxeurs desinibido, tava a pensar que era
O barman com o chá que tinha pedido, tava com a porta aberta, tava de boca aberta
Era mulher perfeita, era a mulher certa,
Corpo Serra da Leba, boca de silicone,
Peito! já não era peito, tinha um traseiro de burro…
Eu disse: moça sou casado por favor me respeita
Ela disse: eu t respeito, mas não sou ciumenta…
Tentei fugir mas não tinha buraco, quando dei por mim meu pincel já estava molhado
E apesar de ser casado na igreja e no papel a verdade é uma só não deu pra ser fiel
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Não me ponhas a culpa essa dama é maluca, entrou na minha vida tipo Scolary na duta
Essa miúda tem shine, tem flow é um show, me filingou, e me caçou…
Cara que dá pena, rabo que faz coração, pura tentação e o pastor Tadeu diz que não
Mais curvas que a Beyoncé, life em B e não tem makas com cash
No principio pensei que fosse miragem, no seu corpo eu fiz uma grande viagem,
Pensando que fosse uma simples passagem, mas acabei por entrar na sua garagem
Me deu eclipse total, matrix revolução, bicicleta, pára-quedas, tudo num só sofá
Baby tentei mas não deu, amor eu fui infiel
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Eu nunca tive cara a cara com uma dama tão malandra confesso, eu juro aquela
Diaba foi mandada, não respeitou nada me dicou tipo criança
Chacho profissional eu próprio tirei a aliança, mas disse: eu tenho uma filha e uma dona
Ela disse: eu sou a madrasta que toda enteada sonha, namorada ideal, mulher
Aconselhadora… era mentira ela era a pior das predadoras
Deu-me um golpe de judo ti ya chi, caí no, tentei lutar mas vi que já não tinha solução
Rasgou minha camisa, começou no pega-pega e pôs a sua cabeça entre as minhas pernas
Baby please acredita só em mim, nesse momento juro tava apensar em ti
Coração disse não mas o meu corpo disse sim, ela é rouba marido e não deu pra resistir
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Por: nicolau
Amo a minha mulher, mas não sou de ferro não… então!
Se não fizesse com tanta provocação minha masculinidade entrava em questão
Bateram a porta fui abrir só de boxeurs desinibido, tava a pensar que era
O barman com o chá que tinha pedido, tava com a porta aberta, tava de boca aberta
Era mulher perfeita, era a mulher certa,
Corpo Serra da Leba, boca de silicone,
Peito! já não era peito, tinha um traseiro de burro…
Eu disse: moça sou casado por favor me respeita
Ela disse: eu t respeito, mas não sou ciumenta…
Tentei fugir mas não tinha buraco, quando dei por mim meu pincel já estava molhado
E apesar de ser casado na igreja e no papel a verdade é uma só não deu pra ser fiel
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Não me ponhas a culpa essa dama é maluca, entrou na minha vida tipo Scolary na duta
Essa miúda tem shine, tem flow é um show, me filingou, e me caçou…
Cara que dá pena, rabo que faz coração, pura tentação e o pastor Tadeu diz que não
Mais curvas que a Beyoncé, life em B e não tem makas com cash
No principio pensei que fosse miragem, no seu corpo eu fiz uma grande viagem,
Pensando que fosse uma simples passagem, mas acabei por entrar na sua garagem
Me deu eclipse total, matrix revolução, bicicleta, pára-quedas, tudo num só sofá
Baby tentei mas não deu, amor eu fui infiel
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Eu nunca tive cara a cara com uma dama tão malandra confesso, eu juro aquela
Diaba foi mandada, não respeitou nada me dicou tipo criança
Chacho profissional eu próprio tirei a aliança, mas disse: eu tenho uma filha e uma dona
Ela disse: eu sou a madrasta que toda enteada sonha, namorada ideal, mulher
Aconselhadora… era mentira ela era a pior das predadoras
Deu-me um golpe de judo ti ya chi, caí no, tentei lutar mas vi que já não tinha solução
Rasgou minha camisa, começou no pega-pega e pôs a sua cabeça entre as minhas pernas
Baby please acredita só em mim, nesse momento juro tava apensar em ti
Coração disse não mas o meu corpo disse sim, ela é rouba marido e não deu pra resistir
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Baby não deu, não deu pra ser fiel, eu bem que tentei mas baby não
Por: nicolau
KALIBRADOS-ENHORITA (GAJO DE GAJAS)
Elas deixam cair tudo
Quando eu pinto na zona
Vocês já sabem comé que a cena funciona
As luzes brilham mais quando passam os kalibrados
Eu fico com as garinas e aposento os namorados
Eu tou cheio delas tipo presos na cadeia
O telefone esta sem espaço, tenho toda a lista cheia
Volta e meia é mais uma na minha teia
Colho sempre bue de damas que o meu flow semeia
Quando entro rebento com vento esquento assento
Sem tempo pra qualquer elemento que tente no meu
Assento
Elas tao chatas tenho que inventar papeis
Chupam todo o meu açúcar vão ficar com diabetes
Chamam-me poético meu sentido estético
Querido por mulheres como um doente quer um medico
Anjas ou diabas, pecadoras ou santas
Querendo tu ou não eu sou um gajo de gajas
Malandrina, o poster desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Senhorita, o poster desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Che, o que não me falta é mulher
Falas mal de mim as damas vão te bater
Vão te por o pe, disso eu tenho fé
I'm de pimp the pimp the pimp like that!
Elas me querem, o k preferem
Mister k, vicio delas me perder nunca querem
Tas comigo tas sebem
Damas vamos repartir
Como eu bue de niggas
Sei que feel to be
Puro fofo, tentação pra qualquer girl
Meu corpo é tipo pizza
Minha boca tipo mel
Gajas hoje não da, telefone ta a tocar
Em qual lance eu vou ficar
O mais gostoso de todos os mc's
Se mulheres fossem água eu teria um chafariz
Sei que sou um gajo de gajas
Um gajo de gajas, tou cercado de damas
Malandrina, o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Coro:
Senhorita , o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Tentação
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Tentação
E deus me acusa:
Elas tentam tocar minha roupa,
Tentam beijar minha boca
Ficam tao chatas
Que o telefone mesmo desligado toca
Direitos iguais pra mim são todas donzelas
O meu coração e grande
Tem lugar pra todas elas
O meu fogo nunca sessa
Ataco depressa
Sou culpado dos cornos
Que o teu damo tem na cabeça
E dom ruam (não)
Sou o street mu kadaff
Aquele preto da mayanga
Com style de bomba fla
Chamado armado convencido que preferem
Mu kadaff é para as que podem e não para as que querem
Engenheiro pongue doutorado em mulher
A dama pode ser armada mas vai reconhecer
Que, sou charmoso com as medidas exatas
Para caçar damas pretas ou mulatas
Até casadas eu apanho as patas
Oh, sou um gajo de gajas.
Malandrina, o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Senhorita , o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Por. Nicolau
Quando eu pinto na zona
Vocês já sabem comé que a cena funciona
As luzes brilham mais quando passam os kalibrados
Eu fico com as garinas e aposento os namorados
Eu tou cheio delas tipo presos na cadeia
O telefone esta sem espaço, tenho toda a lista cheia
Volta e meia é mais uma na minha teia
Colho sempre bue de damas que o meu flow semeia
Quando entro rebento com vento esquento assento
Sem tempo pra qualquer elemento que tente no meu
Assento
Elas tao chatas tenho que inventar papeis
Chupam todo o meu açúcar vão ficar com diabetes
Chamam-me poético meu sentido estético
Querido por mulheres como um doente quer um medico
Anjas ou diabas, pecadoras ou santas
Querendo tu ou não eu sou um gajo de gajas
Malandrina, o poster desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Senhorita, o poster desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Che, o que não me falta é mulher
Falas mal de mim as damas vão te bater
Vão te por o pe, disso eu tenho fé
I'm de pimp the pimp the pimp like that!
Elas me querem, o k preferem
Mister k, vicio delas me perder nunca querem
Tas comigo tas sebem
Damas vamos repartir
Como eu bue de niggas
Sei que feel to be
Puro fofo, tentação pra qualquer girl
Meu corpo é tipo pizza
Minha boca tipo mel
Gajas hoje não da, telefone ta a tocar
Em qual lance eu vou ficar
O mais gostoso de todos os mc's
Se mulheres fossem água eu teria um chafariz
Sei que sou um gajo de gajas
Um gajo de gajas, tou cercado de damas
Malandrina, o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Coro:
Senhorita , o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Tentação
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Tentação
E deus me acusa:
Elas tentam tocar minha roupa,
Tentam beijar minha boca
Ficam tao chatas
Que o telefone mesmo desligado toca
Direitos iguais pra mim são todas donzelas
O meu coração e grande
Tem lugar pra todas elas
O meu fogo nunca sessa
Ataco depressa
Sou culpado dos cornos
Que o teu damo tem na cabeça
E dom ruam (não)
Sou o street mu kadaff
Aquele preto da mayanga
Com style de bomba fla
Chamado armado convencido que preferem
Mu kadaff é para as que podem e não para as que querem
Engenheiro pongue doutorado em mulher
A dama pode ser armada mas vai reconhecer
Que, sou charmoso com as medidas exatas
Para caçar damas pretas ou mulatas
Até casadas eu apanho as patas
Oh, sou um gajo de gajas.
Malandrina, o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Senhorita , o pose desses niggas te poe louca
Descontrolada com água na boca
Baby vem e grita ate ficar rouca....
Gajos de gajas, somos nos a tentação pra bue de damas
Somos gajos de gajas, não ha dama que resista a nossa
Por. Nicolau
KALIBRADOS-LUANDA
Fico malaike com umas cenas que constato
Queres ver Luanda, vê primeiro erros de facto
Se água tem, energia não tem
Se energia tem, água não tem
Nem tudo tá-se bem
A maioria não se importa é só tchilar
Sexta farrar
Sábado no bar, segunda a bombar
E luanda vai morrendo lentamente
Sem jovens pa erguer uma capital diferente
Se não formos nós
Quem fará por nós
O estrangeiro explora e foge
Nunca quer saber de nós
Não ha estrilho
Pa tudo existe um prazo
Nossa existência não e obra do acaso
De qualquer forma a gente vai criticar, vai retardar
Não só Luanda, angola vai mudar
Só a mudança pa sarar minha ferida
Uahue Luanda..
Amor da minha vida
Esta é a minha
Tua
Nossa
Vossa banda
Esta é a minha
Tua
Nossa
Vossa luanda
A preto e branco
Como ves
Nua e crua
Crua e nua
Conclusoes efectua
O kimbumdo(hm...hm)
O portugues fala-se mal
Nao e normal
E em termos de linguagem
Tá-se mal
Luz
Ñente
Água
Ñente
E melhor eu me calar para nao ser inconveniente
O tempo da TPA pa quase todos já foi-se
Porque quase todos têm em casa a multi choice
Chanel O, MTV,K TV, CBZ, Globo, RTPI...
A globalização tem força
Vemos outras culturas e esquecemo-nos da nossa
Tu vez que
Eu não falo atoa
Rolotes em Luanda é tipo cafes em lisboa
Reparem só
Analisem com atenção
Sobe o preço da gasolina
Sobe o preço do pão
Sobe quase tudo
So o salário é que não
Bue de makas
Bue de estrilhos
Bue de kilingues maihuhia
Mas mesmo assim, minha luanda kuia
Mas ainda assim, minha Luanda kuia
Mas mesmo assim, minha Luanda kuia
Mas ainda assim, minha Luanda kuia
Bem vindo a Luanda
A cidade que acontece
Onde todos tao cansados onde todos estão carentes
Onde ha bue de problemas
Mas ninguém ta preocupado
Muitos passam fome
Mas tao sempre bem grifados
Não ha retalho
O problema vem a grosso
Ta na moda formar grupo e dar com catana nos outros
Tem dicas pa rir(tem)
Tem dicas pa chorar
O luandense ate nos óbitos gosta de se mostrar
Isso é Luanda
Ninguém respeita nada
Com conversa não se entendem
Só se entendem com porrada
Fico malaike com o clima da cidade
A porta da discoteca todos são celebridade
Ninguém pode esperar
Todo o mundo quer ser visto
''yo, brother sou v.i.p''
Como é brother evita isso
Esse mambo tempestade de ilusão
Luanda e uma selva onde todos querem ser o leão
Por: Nicolau
Queres ver Luanda, vê primeiro erros de facto
Se água tem, energia não tem
Se energia tem, água não tem
Nem tudo tá-se bem
A maioria não se importa é só tchilar
Sexta farrar
Sábado no bar, segunda a bombar
E luanda vai morrendo lentamente
Sem jovens pa erguer uma capital diferente
Se não formos nós
Quem fará por nós
O estrangeiro explora e foge
Nunca quer saber de nós
Não ha estrilho
Pa tudo existe um prazo
Nossa existência não e obra do acaso
De qualquer forma a gente vai criticar, vai retardar
Não só Luanda, angola vai mudar
Só a mudança pa sarar minha ferida
Uahue Luanda..
Amor da minha vida
Esta é a minha
Tua
Nossa
Vossa banda
Esta é a minha
Tua
Nossa
Vossa luanda
A preto e branco
Como ves
Nua e crua
Crua e nua
Conclusoes efectua
O kimbumdo(hm...hm)
O portugues fala-se mal
Nao e normal
E em termos de linguagem
Tá-se mal
Luz
Ñente
Água
Ñente
E melhor eu me calar para nao ser inconveniente
O tempo da TPA pa quase todos já foi-se
Porque quase todos têm em casa a multi choice
Chanel O, MTV,K TV, CBZ, Globo, RTPI...
A globalização tem força
Vemos outras culturas e esquecemo-nos da nossa
Tu vez que
Eu não falo atoa
Rolotes em Luanda é tipo cafes em lisboa
Reparem só
Analisem com atenção
Sobe o preço da gasolina
Sobe o preço do pão
Sobe quase tudo
So o salário é que não
Bue de makas
Bue de estrilhos
Bue de kilingues maihuhia
Mas mesmo assim, minha luanda kuia
Mas ainda assim, minha Luanda kuia
Mas mesmo assim, minha Luanda kuia
Mas ainda assim, minha Luanda kuia
Bem vindo a Luanda
A cidade que acontece
Onde todos tao cansados onde todos estão carentes
Onde ha bue de problemas
Mas ninguém ta preocupado
Muitos passam fome
Mas tao sempre bem grifados
Não ha retalho
O problema vem a grosso
Ta na moda formar grupo e dar com catana nos outros
Tem dicas pa rir(tem)
Tem dicas pa chorar
O luandense ate nos óbitos gosta de se mostrar
Isso é Luanda
Ninguém respeita nada
Com conversa não se entendem
Só se entendem com porrada
Fico malaike com o clima da cidade
A porta da discoteca todos são celebridade
Ninguém pode esperar
Todo o mundo quer ser visto
''yo, brother sou v.i.p''
Como é brother evita isso
Esse mambo tempestade de ilusão
Luanda e uma selva onde todos querem ser o leão
Por: Nicolau
KALIBRADOS-SOLDADOS CIVIS
Hip-Hop,
andamos dia e noite contigo,
Hip-Hop,
vivemos e morremos por ti,
Hip-Hop
Nós somos os soldados civis,
Hip Hip Hip-Hop Hip Hip Hip-Hop
(bis)
Mc's, Mc's, soldados civis,
confundidos com drogados,
infiltrados num país,
o invejoso diz que a malta só não cai por um triz,
que a nossa árvore não dá frutos se não tem raiz,
luta árdua, sacrifício e dor,
pra suportar o Hip-Hop é preciso muito amor,
flor, moldada no interior,
só quem sente a corrente vai em frente
o fim vencedor,
ainda vejo Whack's,
muitas amostras,
muitas máscaras,
milhões de cínicos hipócritas,
Sabes que assim não vamos a lado nenhum,
vão acabar em click axes cra crás e bumbuns,
(muitos)
por esta arte ja se sacrificaram,
(muitos)
ja desistiram porque nao aguentaram,
(muitos)
criticaram mas nunca apoiaram,
kalibrados e inovação ja vez a saga não pára
REFRÃo
100 bucks,
é mais sixteen bars,
se te sentes hip-hop é pa comemorares,
parte dois,soldados civis,
hip-hop raiz,
kalibrados tão na casa,
rebentar com país,
produtoras,produtores, novos compositores,
o hip-hop é um jardim e nós somos as flores,
vamos embora,man,
ninguem nos pode deter,
tu cantas semba, eu canto rap,
cada canta o que quer,
é sempre aquele black,
humilde e com respect,
laton,mad, essa cena é muito fat,
lançar é dificil mas pior é não tentar,
depois de muita chuva,
um dia o sol há de brilhar,
anda,mostra lança o teu talento,
grava cenas novas,
é chegado o teu momento,
ficacm as novas,
deita fora as velhas,
só chega até ao mel,
quem passar pelas abelhas.
REFRÃO
estando errados ou certos,
ouvidos ou não,
lançamos pa people que nos vem no coração,
sem complexos,
sem vergonhas,
sem tretas,
o que acontece nas ruas encontras nas letras,
nós temos bué de skills,
temos milhões de flows,
vamos arrastar people,
rebentar com shows,
força de vontade rompe obstáculos
vamos promover a cena com espectáculos,
RAP é atitude,
apresenta maquetes,
rimas potentes
por cima de beats fats,
esperámos muito tempo
agora é a nossa vez,
vamos calibrar o mercado com bué de cds,
esse é o nosso amor,
e nós levamos a peito,
queremos ouvidos,
queremos vosso respeito,
criticamos o país pro bem da nação,
as nossas calças largas é questão de identificação,
não usamos fardas
mas lutamos pelo país,
guerrilheiros fora da mata,
soldados civis,
guerrilheiros fora da mata,
soldados civis.
REFRÃO (bis)
Por: Nicolau
andamos dia e noite contigo,
Hip-Hop,
vivemos e morremos por ti,
Hip-Hop
Nós somos os soldados civis,
Hip Hip Hip-Hop Hip Hip Hip-Hop
(bis)
Mc's, Mc's, soldados civis,
confundidos com drogados,
infiltrados num país,
o invejoso diz que a malta só não cai por um triz,
que a nossa árvore não dá frutos se não tem raiz,
luta árdua, sacrifício e dor,
pra suportar o Hip-Hop é preciso muito amor,
flor, moldada no interior,
só quem sente a corrente vai em frente
o fim vencedor,
ainda vejo Whack's,
muitas amostras,
muitas máscaras,
milhões de cínicos hipócritas,
Sabes que assim não vamos a lado nenhum,
vão acabar em click axes cra crás e bumbuns,
(muitos)
por esta arte ja se sacrificaram,
(muitos)
ja desistiram porque nao aguentaram,
(muitos)
criticaram mas nunca apoiaram,
kalibrados e inovação ja vez a saga não pára
REFRÃo
100 bucks,
é mais sixteen bars,
se te sentes hip-hop é pa comemorares,
parte dois,soldados civis,
hip-hop raiz,
kalibrados tão na casa,
rebentar com país,
produtoras,produtores, novos compositores,
o hip-hop é um jardim e nós somos as flores,
vamos embora,man,
ninguem nos pode deter,
tu cantas semba, eu canto rap,
cada canta o que quer,
é sempre aquele black,
humilde e com respect,
laton,mad, essa cena é muito fat,
lançar é dificil mas pior é não tentar,
depois de muita chuva,
um dia o sol há de brilhar,
anda,mostra lança o teu talento,
grava cenas novas,
é chegado o teu momento,
ficacm as novas,
deita fora as velhas,
só chega até ao mel,
quem passar pelas abelhas.
REFRÃO
estando errados ou certos,
ouvidos ou não,
lançamos pa people que nos vem no coração,
sem complexos,
sem vergonhas,
sem tretas,
o que acontece nas ruas encontras nas letras,
nós temos bué de skills,
temos milhões de flows,
vamos arrastar people,
rebentar com shows,
força de vontade rompe obstáculos
vamos promover a cena com espectáculos,
RAP é atitude,
apresenta maquetes,
rimas potentes
por cima de beats fats,
esperámos muito tempo
agora é a nossa vez,
vamos calibrar o mercado com bué de cds,
esse é o nosso amor,
e nós levamos a peito,
queremos ouvidos,
queremos vosso respeito,
criticamos o país pro bem da nação,
as nossas calças largas é questão de identificação,
não usamos fardas
mas lutamos pelo país,
guerrilheiros fora da mata,
soldados civis,
guerrilheiros fora da mata,
soldados civis.
REFRÃO (bis)
Por: Nicolau
KALIBRADOS-KALIBRADOS
cheka yeah,
começo por me apresentar,
sou slito mu kadaff,
lentamente da mayanga,
sou mais beto bue com baff,
estendam tapetes,
deixem passar o gigante,
calibra a shit sonora
que nunca ouviram antes,
mu kadaff é a potencia angolana,
apresento o meu stock de rimas topo de gama,
tipo de nigga que tá sempre em evolução,
a chuva que cai do céu forma o meu nome no chão,
calibre nos teus ouvidos é pra consumo obrigatório,
nigga eu vou mandar só em sentido giratório,
mu kadaff que topa,
filho de Lf papa,
nigga que vai bonsar todas as bitches do teu black'a,
na mong black vai ser lei ouvirem isso,
album dos kalibrados,
miúdos sem juízo,
é o album dos kalibrados,
miudos sem juízo.
ohooo oho ho,
o mambo está a calibrar,
isso é um ataque não há tempo pra defesas,
ponham o som no máximo,
abanem as cabeças,
ohooo oho ho,
o mambo está a calibrar,
acorda o teu bairro,
avisa a tua crew,
kalibrados, mille mambos,
a potência numero um.
O hip-hop tá melhor,
o meu albúm tá no mercado,
mille mambos, kalibrados,
o negócio tá fechado,
esse é um projecto abençoado por cristo,
se não somos os melhores
andamos muito perto disso,
tou nessa estrada,
visão não é de agora,
nigga's querem beats fats,
eu tenho uma produtora,
e o people adora quando o ivo o mic devora,
vamos embora,
ainda vão nos ver vencer o cora,
comprei o game e não tou disposto a ceder,
então lança quando eu lançar,
pra não ser eu só a vender,
é o novo grupo a fazer o seu papel,
hip-hop sem kalibrados,
é tipo cuba sem fidel,
mister K, mu kadaff,
yo black,let's get it on
minhas rimas fazem amor com os beats do laton,
agora é tarde pra travar esse projecto,
controla kalibrados,
ao vivo e em directo.
REFRÃO
é quente como fogo,
é teste de fogo,
nosso jogo num olhar eu foco,
és um louco se achas isso pouco,
não ha repulsão,
não há rejeição,
somos a bonança após a perturbação,
muito cuidado com este kalibrado,
antes de atacar
observa se estou armado,
quando flipo, estripo,
provoco estériotipo,
clipo e gripo,
individuo com o meu flow cuspido
sou uma força de combate,
puto podes crer
estou preparado pro embate,
sangue no sangue,
pele nas peles,
se matarem um dos nossos,
vamos matar três dos deles,
Mister K,
o sacerdote lírico,
põe o som no máximo,
purifica o teu espírito,
lá,Mister K mu kadaff,
Duval, máfia música
vai calibrar as ruas.
REFRÃO(BIS)
Por: Nicolau
começo por me apresentar,
sou slito mu kadaff,
lentamente da mayanga,
sou mais beto bue com baff,
estendam tapetes,
deixem passar o gigante,
calibra a shit sonora
que nunca ouviram antes,
mu kadaff é a potencia angolana,
apresento o meu stock de rimas topo de gama,
tipo de nigga que tá sempre em evolução,
a chuva que cai do céu forma o meu nome no chão,
calibre nos teus ouvidos é pra consumo obrigatório,
nigga eu vou mandar só em sentido giratório,
mu kadaff que topa,
filho de Lf papa,
nigga que vai bonsar todas as bitches do teu black'a,
na mong black vai ser lei ouvirem isso,
album dos kalibrados,
miúdos sem juízo,
é o album dos kalibrados,
miudos sem juízo.
ohooo oho ho,
o mambo está a calibrar,
isso é um ataque não há tempo pra defesas,
ponham o som no máximo,
abanem as cabeças,
ohooo oho ho,
o mambo está a calibrar,
acorda o teu bairro,
avisa a tua crew,
kalibrados, mille mambos,
a potência numero um.
O hip-hop tá melhor,
o meu albúm tá no mercado,
mille mambos, kalibrados,
o negócio tá fechado,
esse é um projecto abençoado por cristo,
se não somos os melhores
andamos muito perto disso,
tou nessa estrada,
visão não é de agora,
nigga's querem beats fats,
eu tenho uma produtora,
e o people adora quando o ivo o mic devora,
vamos embora,
ainda vão nos ver vencer o cora,
comprei o game e não tou disposto a ceder,
então lança quando eu lançar,
pra não ser eu só a vender,
é o novo grupo a fazer o seu papel,
hip-hop sem kalibrados,
é tipo cuba sem fidel,
mister K, mu kadaff,
yo black,let's get it on
minhas rimas fazem amor com os beats do laton,
agora é tarde pra travar esse projecto,
controla kalibrados,
ao vivo e em directo.
REFRÃO
é quente como fogo,
é teste de fogo,
nosso jogo num olhar eu foco,
és um louco se achas isso pouco,
não ha repulsão,
não há rejeição,
somos a bonança após a perturbação,
muito cuidado com este kalibrado,
antes de atacar
observa se estou armado,
quando flipo, estripo,
provoco estériotipo,
clipo e gripo,
individuo com o meu flow cuspido
sou uma força de combate,
puto podes crer
estou preparado pro embate,
sangue no sangue,
pele nas peles,
se matarem um dos nossos,
vamos matar três dos deles,
Mister K,
o sacerdote lírico,
põe o som no máximo,
purifica o teu espírito,
lá,Mister K mu kadaff,
Duval, máfia música
vai calibrar as ruas.
REFRÃO(BIS)
Por: Nicolau
KALIBRADOS-ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
Mor ?
Tu és a flor que tem um aroma no qual eu me perfumo
Meu amoorrrr..
És a oitava maravilha desse mundo
Dia, noite, noite e dia eu quero ter-te em posse
Ao teu lado meu coração bate em código morse
Cúpido brincou mal, fuzilou meu coração
Pôs minas de paixão no meu campo sentimental
Eu nunca me senti apaixonado assim baby
És minha mulher, eu sei, eu gosto de gostar de ti
Nada é mais saboroso que o teu beijo perfeito
Durmo como um bebé quando adormeço no teu peito
Quando olhares pra o céu e se alguma estrela brilhar
essa estrela és tu que ilumina o meu mar
O resto do Universo é o amor que tenho para te dar
Para sempre vou-te amar até a morte nos separar
Para sempre vou-te amar até a morte nos separar
coro
Eieieeeeeee, Eieieeeeeee
Eieieeeeeeeeeeeeeee,
Até que a morte nos separe..
Antes de fechar negócios, já me tinhas tomado posse
A dor fez feridas mas o amor não acabou-se
Tasse, bons anos depois dá-se uma conclusão
Estás mais linda, mais madura, mais capaz
És o que eu sempre quis, quem me faz feliz
Tu manténs me firme quando tu sorris
Depois de amor e ódio nós tamos de pé
Então pra quê, crer remar contra a maré
Verguem um embondeiro e depois trava o meu amor,
transforma em fogo em gelo pra amar com mais fervor
Deus assim o mente e quer os anjos só para o céu
Mas basicamente simples tu és um anjo meu
coro
Eieieeeeeee, Eieieeeeeee
Eieieeeeeeeeeeeeeee,
Até que a morte nos separe..
Nunca fui tão sincero com as palavras
És tudo o que eu esperava
Parte da minha vida, minha amada
O céu, o mar, a terra, o tempo, são testemunhas deste meu real sentimento
Tranquei meu coração mas baby tu roubaste a chave
Já beijei a neve a tua boca baby é bem mais suave
Meu amor é puro e só no teu coração cabe
Eu s'tarei contigo até que a morte nos separe
Os dias passam e eu te quero mais
Te quero mais. te quero mais
És a mulher deste, bom rapaz
Darei-te amor e paz muito
Amor e paz
REMIX
Eu nunca me senti assim tão apaixonado baby
Eu nunca senti
Nunca senti
Eu e tu meu deus tão bom
Meus olhos brilham, amor vê só
Amor vê só
Amor vê só
Eu nunca me senti assim tão apaixonado baby
Eu nunca senti
Nunca senti
Eu e tu meu deus tão bom
Meus olhos brilham, amor vê só
Amor vê só
Amor vê só
Eu nunca senti ..
Nunca senti
Nunca me senti.. tão só
Baby ...Baby..?
Por: nicolau
Tu és a flor que tem um aroma no qual eu me perfumo
Meu amoorrrr..
És a oitava maravilha desse mundo
Dia, noite, noite e dia eu quero ter-te em posse
Ao teu lado meu coração bate em código morse
Cúpido brincou mal, fuzilou meu coração
Pôs minas de paixão no meu campo sentimental
Eu nunca me senti apaixonado assim baby
És minha mulher, eu sei, eu gosto de gostar de ti
Nada é mais saboroso que o teu beijo perfeito
Durmo como um bebé quando adormeço no teu peito
Quando olhares pra o céu e se alguma estrela brilhar
essa estrela és tu que ilumina o meu mar
O resto do Universo é o amor que tenho para te dar
Para sempre vou-te amar até a morte nos separar
Para sempre vou-te amar até a morte nos separar
coro
Eieieeeeeee, Eieieeeeeee
Eieieeeeeeeeeeeeeee,
Até que a morte nos separe..
Antes de fechar negócios, já me tinhas tomado posse
A dor fez feridas mas o amor não acabou-se
Tasse, bons anos depois dá-se uma conclusão
Estás mais linda, mais madura, mais capaz
És o que eu sempre quis, quem me faz feliz
Tu manténs me firme quando tu sorris
Depois de amor e ódio nós tamos de pé
Então pra quê, crer remar contra a maré
Verguem um embondeiro e depois trava o meu amor,
transforma em fogo em gelo pra amar com mais fervor
Deus assim o mente e quer os anjos só para o céu
Mas basicamente simples tu és um anjo meu
coro
Eieieeeeeee, Eieieeeeeee
Eieieeeeeeeeeeeeeee,
Até que a morte nos separe..
Nunca fui tão sincero com as palavras
És tudo o que eu esperava
Parte da minha vida, minha amada
O céu, o mar, a terra, o tempo, são testemunhas deste meu real sentimento
Tranquei meu coração mas baby tu roubaste a chave
Já beijei a neve a tua boca baby é bem mais suave
Meu amor é puro e só no teu coração cabe
Eu s'tarei contigo até que a morte nos separe
Os dias passam e eu te quero mais
Te quero mais. te quero mais
És a mulher deste, bom rapaz
Darei-te amor e paz muito
Amor e paz
REMIX
Eu nunca me senti assim tão apaixonado baby
Eu nunca senti
Nunca senti
Eu e tu meu deus tão bom
Meus olhos brilham, amor vê só
Amor vê só
Amor vê só
Eu nunca me senti assim tão apaixonado baby
Eu nunca senti
Nunca senti
Eu e tu meu deus tão bom
Meus olhos brilham, amor vê só
Amor vê só
Amor vê só
Eu nunca senti ..
Nunca senti
Nunca me senti.. tão só
Baby ...Baby..?
Por: nicolau
KALIBRADOS - QUEM MANDA NO TEU BLOCK?
Esse manbo é kalibrado, yo
Quem é que manda no teu block?
Qual é o grupo número um do top, han?
Esse é meu manbo e kalibrados dog
ai la ton ... zuzu bit
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Tire seu pé da frente, so lamonga ke flaco
Na minha frente só tem pretos
somos o primeiro do Top
Manda beefs, manda sheets
Não me importo, meu álbum é coleção de hits
Sou combustível parrás de forço se fosse na américa
hoje estava no topo da pearl bore
Negro rap, mais quente da cidade
Eu não sou uma celibridade
Eu sou uma calibridade
Na liga mereço o mesmo que só daqui a 100 anos
Meu bloco de rimas vai tá no mundo
o palhaço do miguel neto me chamou de gatuno (quem, eu?)
O sol brilha lá em cima, aqui em baixo brilho eu
Bó sucesso se esbanda de pólo a pólo
Mas ninguém estão penso que nunca saiam do contrólo
Se querem me ver mucho põe te duro tipo porno
meu rabo é preguiçoso nunca levanta do trono
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Bloco operatório, operação blus fácil dos bombista
la mi culto é blui difícil vai pra baixo
AK45 à disparar sem modos
Os meus são feridos, mas os teus acabam mortos
eu esmago teu esqueléto dentro dos seus corpos
Meu nome é tipo, kumbu comprô o mundo todo
well nigga são como taliban
nunca mais os beefs trancam roupas de publidade
Sou Mr Kapa, Mr rap, Mr gangster
fuck you para todos (ye)
consulte o inamete tempestade inprevista
Os beefs não conseguem quebrar todos, cismografia imprevista
Não podes contra vista, comprei as Tua ações
meu grupo esta na merda pronto a sumir confusões
E truco do mini game em todas as estações
Acha que pode isso mesmo, anda lá sé tens ha
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Mãos no ar, ninguém se mexe colocados outra vez
Depois de 2005, trancamos 2006
O melhor grupo de rap, o melhor álbum do ano
É trabalho o suficiente respeitem so essses mano
Craques desde o berço, talento não tem preço
As estrelas vão escrevendo Kalibrados no universo
Assim querem blefar, os sons batem nas rochas
os beefs são tão fracos, que nem merecem resposta
E se merececem, eu rompia um por um
Tenho 99 problemas, mas beefs nenhum
O negócio está fechado, tema tipo é magia, meu disco tem 3 horas, é o record da portaria
O que é mal todos criticam
O que é bom, ninguém comenta
Kalibrados, os maiores enchente da casa 70
Top Coca Cola, top Casa Blanca
Top do bombástico, top rádio Luanda
estou a mandar no game, o novo dono do hip hop
Criança nunca mente, quem é que manda no teu block?
Ka-li-bra-dos, Ka-li-bra-dos
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
ye,ye,ye,ye,ye
por: nicolau
Quem é que manda no teu block?
Qual é o grupo número um do top, han?
Esse é meu manbo e kalibrados dog
ai la ton ... zuzu bit
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Tire seu pé da frente, so lamonga ke flaco
Na minha frente só tem pretos
somos o primeiro do Top
Manda beefs, manda sheets
Não me importo, meu álbum é coleção de hits
Sou combustível parrás de forço se fosse na américa
hoje estava no topo da pearl bore
Negro rap, mais quente da cidade
Eu não sou uma celibridade
Eu sou uma calibridade
Na liga mereço o mesmo que só daqui a 100 anos
Meu bloco de rimas vai tá no mundo
o palhaço do miguel neto me chamou de gatuno (quem, eu?)
O sol brilha lá em cima, aqui em baixo brilho eu
Bó sucesso se esbanda de pólo a pólo
Mas ninguém estão penso que nunca saiam do contrólo
Se querem me ver mucho põe te duro tipo porno
meu rabo é preguiçoso nunca levanta do trono
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Bloco operatório, operação blus fácil dos bombista
la mi culto é blui difícil vai pra baixo
AK45 à disparar sem modos
Os meus são feridos, mas os teus acabam mortos
eu esmago teu esqueléto dentro dos seus corpos
Meu nome é tipo, kumbu comprô o mundo todo
well nigga são como taliban
nunca mais os beefs trancam roupas de publidade
Sou Mr Kapa, Mr rap, Mr gangster
fuck you para todos (ye)
consulte o inamete tempestade inprevista
Os beefs não conseguem quebrar todos, cismografia imprevista
Não podes contra vista, comprei as Tua ações
meu grupo esta na merda pronto a sumir confusões
E truco do mini game em todas as estações
Acha que pode isso mesmo, anda lá sé tens ha
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Mãos no ar, ninguém se mexe colocados outra vez
Depois de 2005, trancamos 2006
O melhor grupo de rap, o melhor álbum do ano
É trabalho o suficiente respeitem so essses mano
Craques desde o berço, talento não tem preço
As estrelas vão escrevendo Kalibrados no universo
Assim querem blefar, os sons batem nas rochas
os beefs são tão fracos, que nem merecem resposta
E se merececem, eu rompia um por um
Tenho 99 problemas, mas beefs nenhum
O negócio está fechado, tema tipo é magia, meu disco tem 3 horas, é o record da portaria
O que é mal todos criticam
O que é bom, ninguém comenta
Kalibrados, os maiores enchente da casa 70
Top Coca Cola, top Casa Blanca
Top do bombástico, top rádio Luanda
estou a mandar no game, o novo dono do hip hop
Criança nunca mente, quem é que manda no teu block?
Ka-li-bra-dos, Ka-li-bra-dos
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
Quem manda no teu block? (kalibrados)
Quem é o número um do Top? (kalibrados)
Quem ainda querem nos blefar? (ye, ye, ye, ye, ye)
ye,ye,ye,ye,ye
por: nicolau
KALIBRADOS-BOY I´M SORRY
Coro
Boooooy….
Boy i´m sorry
Eu sei que agi mal mas;
Não foi intencional.
Boooooy….
Boy i´m sorry
Eu sei que agi mal mas;
Não foi intencional.
Como pode não ter sido intencional aquele beijo?
Parecia sumo 100% natural de desejo
Como foste capaz?
Não te consigo perdoar
Fácil é pedir desculpa difícil é voltar atrás
É triste porque eu te amei
Como nunca amei ninguém
E agora estou a sofrer
Como nunca desejei
Paixão intensa te dei
Dedicação também dei
Ate de rainha do meu lado
Cheguei a te reconhecer
Nada valeu a aposta que fiz em ti não acredito
Nosso love dava inveja porque tinha as cores do infinito
Devias ter pensado nas consequências a prior
Agora é tarde para um simples I´m sorry
Coro 2x
Para com isso tu não és criança sabes o que fizeste
E se o fizeste é porque quiseste
Não pensaste duas vezes quando estavas prevenida
Fica-te mal essa de bandida arrependida
Ainda dizes que a acção não foi intencionada
Dama para antes que eu levante a mão na tua cara
Disso é que desse nigga quero saber a morada
Ele é o mais bonito do mundo ou tu é que não vales nada?
Erraste muito em ter andado com esse dji
Eu não tenho talento pra corno bi
Devolve so todas as coisas que eu te ofereci
Nunca mais na minha vida eu vou querer saber de ti
Coro 2x
Mas que amor é este que tu dizes ter por mim
Se com um problema choras no ombro doutro wi
Eu vi ninguém contou ninguém fofocou
E o engraçado é não ta bravo decepcionado to
O melhor ele evitar as desculpas que hoje pedes
Como hoje queres
Que nem ajoelhas aos meus pés
No fundo és
A causadora do desgaste
Transformaste o meu amor num pano que pisaste
Enfim estas pra mim
Igual a outros bros
Perdeste, contos, mentiste traíste
Fizeste invenções
Quebraste apois
Geraste ódios
Foste da dama dos sonhos
A pesadelo dos meus olhos
Coro 2x
Por: nicolau
Boooooy….
Boy i´m sorry
Eu sei que agi mal mas;
Não foi intencional.
Boooooy….
Boy i´m sorry
Eu sei que agi mal mas;
Não foi intencional.
Como pode não ter sido intencional aquele beijo?
Parecia sumo 100% natural de desejo
Como foste capaz?
Não te consigo perdoar
Fácil é pedir desculpa difícil é voltar atrás
É triste porque eu te amei
Como nunca amei ninguém
E agora estou a sofrer
Como nunca desejei
Paixão intensa te dei
Dedicação também dei
Ate de rainha do meu lado
Cheguei a te reconhecer
Nada valeu a aposta que fiz em ti não acredito
Nosso love dava inveja porque tinha as cores do infinito
Devias ter pensado nas consequências a prior
Agora é tarde para um simples I´m sorry
Coro 2x
Para com isso tu não és criança sabes o que fizeste
E se o fizeste é porque quiseste
Não pensaste duas vezes quando estavas prevenida
Fica-te mal essa de bandida arrependida
Ainda dizes que a acção não foi intencionada
Dama para antes que eu levante a mão na tua cara
Disso é que desse nigga quero saber a morada
Ele é o mais bonito do mundo ou tu é que não vales nada?
Erraste muito em ter andado com esse dji
Eu não tenho talento pra corno bi
Devolve so todas as coisas que eu te ofereci
Nunca mais na minha vida eu vou querer saber de ti
Coro 2x
Mas que amor é este que tu dizes ter por mim
Se com um problema choras no ombro doutro wi
Eu vi ninguém contou ninguém fofocou
E o engraçado é não ta bravo decepcionado to
O melhor ele evitar as desculpas que hoje pedes
Como hoje queres
Que nem ajoelhas aos meus pés
No fundo és
A causadora do desgaste
Transformaste o meu amor num pano que pisaste
Enfim estas pra mim
Igual a outros bros
Perdeste, contos, mentiste traíste
Fizeste invenções
Quebraste apois
Geraste ódios
Foste da dama dos sonhos
A pesadelo dos meus olhos
Coro 2x
Por: nicolau
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
ARGUMENTAÇÃO & PROPOSIÇÃO
INTRODUÇÃO
ARGUMENTAÇÃO
Desenvolvimento de um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista, para convencer um oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios.
A argumentação desenvolve-se em função de um destinatário, que influencia directa ou indirectamente a forma como evoluem os argumentos propostos. Argumentamos para persuadir alguém que, à partida, não partilha os mesmos pontos de vista ou as mesmas convicções que nós possuímos. Sem ferir a atenção do destinatário da argumentação, esta jamais poderá ser efectiva. É, pois, condição necessária o estabelecimento de um acordo que em nenhum caso pode ser tácito. A argumentação não é um acto de persuasão meramente psicológica de um auditório. Não nos serve nem a pretensão de eloquência de Isócrates nem a definição de Sócrates referida à tradição sofística da retórica como uma psicogogia ou "persuasão da alma" . Fedro inicia o "Diálogo sobre a Retórica" chamando a atenção para o seguinte: “Ouvi dizer que para quem deseja tornar-se um orador consumado, não se torna necessário um conhecimento perfeito do que é realmente justo, mas sim do que parece justo aos olhos da maioria, que é quem decide, em última instância. Tão-pouco precisa de saber realmente o que é bom ou belo, bastando-lhe saber o que parece sê-lo, pois a persuasão se consegue não com a verdade, mas com o que aparenta ser verdade.” . A estética da recepção de um discurso argumentativo exige uma outra filosofia.
PROPOSIÇÃO
Proposição é um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não-lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.
Diferentes sentenças podem expressar a mesma proposição quando têm o mesmo significado. Por exemplo, "A neve é branca" e "Snow is white" são sentenças diferentes, mas ambas dizem a mesma coisa, a saber, que a neve é branca. Logo, expressam a mesma proposição. Outro exemplo de sentença que expressa a mesma proposição que as anteriores é "A precipitação de pequenos cristais de água congelada é branca", pois "precipitação de pequenos cristais de água congelada" é a definição de "neve".
Na lógica aristotélica uma proposição é um tipo particular de sentença, a saber, aquela que afirma ou nega um predicado de um sujeito.
DESENVOLVIMENTO
(PROPOSIÇÃO)
Proposições são usualmente consideradas como o conteúdo de crenças e outros pensamentos representativos. Elas também podem ser o objeto de outras atitudes, como desejo, preferência, intenção, como em "Desejo um carro novo" e "Espero que chova", por exemplo.
Também não é raro contrastar com a noção de proposição como conteúdo mental a noção de proposições russellianas. De facto, boa parte da discusão em torno da natureza da proposição, travada no século xx e contemporaneamente, oscila, e por vezes tenta conciliar, ambas noções.
Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. De outro modo: uma proposição é uma afirmação que ou é verdadeira ou é falsa.
Usamos frases para exprimir proposições. Mas nem toda a frase é proposição: ordens, perguntas, conselhos só em casos especiais contêm proposições.
Exemplos:
1. As seguintes frases exprimem a mesma proposição:
o Está a chover.
o Esta llooviendo.
o It is raining.
o Il pleut.
2. As seguintes frases exprimem a mesma proposição:
o João ama Maria.
o Maria é amada pelo João.
Discussão: Faz sentido pensar numa proposição como o significado de uma frase. O significado de uma frase tem várias componentes:
• Denotação: o estado de coisas que a frase afirma ser o caso.
• Conotação: os sentimentos, ideias ou emoções provocadas pela frase no auditor.
• ênfase: a importância relativa que o autor atribui aos diferentes elementos da frase.
Por exemplo, na frase "O fogo enfurecia-se pelo monte" a denotação da frase é asserção de que um fogo ocorre no monte. A conotação é a de que isso deve ser temido (a palavra "enfurecia-se" implica cólera e perigo). O ênfase desta frase está no próprio fogo. Se tivéssemos escrito "Pelo monte enfurecia-se o fogo" o ênfase estaria no monte.
Os filósofos discutem bastante sobre o significado. Alguns dizem que o significado é apenas a denotação. Outros dizem que é a combinação apenas da denotação e da conotação. Outros ainda (incluindo Stephen Downes) dizem que o significado é a combinação dos três — denotação, conotação e ênfase.
Valor de Verdade
Uma proposição pode ter um dos seguintes valores de verdade:
• verdade
• falsidade
Os filósofos discutem muito sobre o que constitui a verdade. Por agora podemos usar uma caracterização muito simples:
• "P" é verdadeira se e somente se P.
• "P" é falsa se e apenas se não-P.
Exemplos:
• A proposição "A neve é branca" é verdadeira se e somente se a neve for branca.
• A proposição "A neve é branca" é falsa se e somente se a neve não for branca.
Por outras palavras, uma proposição é verdadeira se ela descreve correctamente um estado do mundo, e será falsa se descrever incorrectamente um estado do mundo. Isto é conhecido como A Teoria da Verdade de Tarski.
(ARGUMENTAÇÃO)
Oferecem-se neste apêndice alguns instrumentos complementares para a redacção e avaliação de argumentos. Os instrumentos aqui expostos são particularmente importantes para a redacção e avaliação de ensaios argumentativos em filosofia, onde o risco de errar não é amenizado pelos dados da experiência. Por este motivo, a ênfase é toda colocada nos argumentos dedutivos. O objectivo é oferecer aos estudantes, sobretudo os de filosofia, a possibilidade de exercer as suas faculdades críticas, argumentando a favor do que pensam acerca dos mais diversos problemas, teses e argumentos filosóficos.
A estrutura deste apêndice é a seguinte: as três primeiras secções tratam da validade de argumentos e da avaliação de condicionais; as duas secções seguintes apresentam duas falácias comuns que têm de ser detectadas e evitadas; introduz-se depois algum simbolismo lógico, assim como algumas regras de transformação, úteis para avaliar alguns argumentos filosóficos; o apêndice termina com dois exemplos de argumentos filosóficos que o leitor já pode agora avaliar, com os instrumentos oferecidos ao longo deste livro.
Validade e correcção
Um argumento dedutivo válido é qualquer argumento dedutivo que obedeça às regras da lógica, algumas das quais foram apresentadas no capítulo VI. A definição semântica de argumento dedutivo válido é a seguinte: um argumento dedutivo é válido se, e somente se, nos casos em que as premissas são verdadeiras, a conclusão também é verdadeira. Por exemplo:
Se o conhecimento é possível, os cépticos estão enganados.
O conhecimento é possível.
Logo, os cépticos estão enganados.
Dada a verdade das duas premissas, a conclusão é também verdadeira. Claro que se as premissas forem falsas, a conclusão tanto pode ser falsa como verdadeira. A validade dedutiva do argumento só nos garante a verdade da conclusão caso as premissas sejam verdadeiras. Por outras palavras, um argumento dedutivo válido garante que nunca podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Considere-se agora o seguinte argumento:
O mundo exterior existe.
O mundo exterior não existe.
Logo, Deus existe.
Pela definição dada, este argumento é válido, apesar de poder parecer o contrário. A indecisão nasce do facto de não ser possível atribuir a verdade simultaneamente às duas premissas, porque estas são inconsistentes. Mas já se torna claro o facto de este argumento ser válido se fizermos a seguinte consideração: precisamente pelo facto de as premissas não poderem nunca ser simultaneamente verdadeiras, segue-se que nunca podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa. Logo, o argumento é válido, pois é isso precisamente que caracteriza os argumentos válidos.
Considere-se este outro argumento:
Deus existe.
Logo, o mundo exterior existe ou o mundo exterior não existe.
À primeira vista pode parecer que este argumento não é válido. Mas se tivermos mais atenção verificamos que se trata, de facto, de um argumento válido. Mais uma vez: dada a verdade da premissa, a conclusão pode ser falsa? Bom, é fácil ver que a conclusão nunca pode ser falsa. Logo, também não é falsa dada a verdade da premissa. Logo, é um argumento válido.
O objectivo destes dois exemplos de argumentos válidos que aparentemente não o são é distinguir a validade de um argumento da sua relevância. Apesar de os dois argumentos acima serem válidos, eles não são relevantes. Porquê? Porque o primeiro é válido à custa da inconsistência das premissas; e o segundo é válido à custa do facto de a conclusão ser sempre verdadeira. Temos assim de perceber que o que nos interessa num ensaio argumentativo, quer estejamos a escrevê-lo, quer estejamos a avaliá-lo, não é a validade dos argumentos tout court, mas um caso especial de validade, a que podemos chamar relevância. Assim, para decidir se um argumento é relevante, temos de usar a seguinte definição: um argumento dedutivo válido é relevante se, e somente se: 1) todas as premissas podem ser simultaneamente verdadeiras; 2) a conclusão pode ser falsa.
Perante um argumento dedutivo qualquer, o leitor deve usar a seguinte rotina para verificar a sua relevância:
1. Verificar se é um argumento válido, pela definição semântica dada.
2. Verificar se todas as premissas podem ser simultaneamente verdadeiras.
3. Verificar se a conclusão pode ser falsa.
Um argumento só é relevante se passar os três testes. Se passar apenas um ou dois, não é relevante.
Condicionais
As condicionais são canonicamente expressas na forma «Se..., então...». Mas a verdade é que existem muitas formas de exprimir condicionais. Esta secção oferece uma lista de algumas dessas formas.
O leitor deve recordar as regras 2, 4 e 6, assim como a regra C4: a clareza na exposição dos seus argumentos é fundamental. Algumas das formas de exprimir condicionais são de evitar, pois só servem para obscurecer o que de outra forma seria uma condicional facilmente compreensível — e também facilmente criticável. Esta secção é útil para avaliar argumentos cuja estrutura lógica está escondida (geralmente atrás de uma hecatombe lexical que impede o leitor de pensar, isto é, de avaliar criticamente o que o autor está a afirmar).
O primeiro facto: muitas vezes, o «então» é elidido, como em
Se Deus não existe, a ética não é possível.
que significa precisamente o mesmo que
Se Deus não existe, então a ética não é possível.
Outros factos menos evidentes:
Se A, então B
pode exprimir se como
1. A somente se B.
2. A só se B.
3. A implica B.
4. A só no caso de B.
5. A só na condição de B.
6. A é condição suficiente de B.
7. B é condição necessária de A.
8. B se A.
9. Só se B é que A.
Não se deve usar a lista acima para fazer variar a forma como, ao longo de um ensaio, se exprimem condicionais. Lembre-se da regra 6, que se aplica também às partículas lógicas: se começou por dizer «Se A, então B», não afirme de seguida «C só se D», para tornar o texto variado; afirme antes «Se C, então D». Um texto não é um espectáculo de variedades e a elegância literária não vale nada se for conseguida à custa da clareza, porque é uma forma luminosa para um conteúdo obscuro (é como um automóvel com uma excelente pintura, mas com o motor avariado).
O que costuma fazer mais confusão são as noções de condição necessária e condição suficiente. A lista acima permite saber exactamente o que é uma condição suficiente (a antecedente de uma condicional) e uma condição necessária (a consequente de uma condicional). Mas os exemplos seguintes tornarão claras estas noções:
Estar inscrito em Filosofia é uma condição necessária para passar a Filosofia. Mas estar inscrito em Filosofia não é uma condição suficiente para passar a Filosofia.
Ter 10 valores é uma condição suficiente para passar a Filosofia. Mas ter 10 valores não é uma condição necessária para passar a Filosofia.
Argumentos e condicionais
Muitos argumentos são expostos sob a forma de uma condicional, como
Se não existir livre-arbítrio, a responsabilidade moral não é possível.
Para avaliar a verdade de uma condicional usam-se precisamente as mesmas regras que se usam para avaliar a validade de um argumento. A diferença consiste agora em tomar a antecedente da condicional em vez das premissas, e a sua consequente em vez da conclusão. Assim, uma condicional pode funcionar como um argumento válido se, e somente se, nos casos em que a antecedente é verdadeira, a consequente também for verdadeira. Por outras palavras, uma condicional pode funcionar como um argumento válido se, e somente se, for uma verdade lógica.
Note-se que uma condicional pode ter antecedentes ou consequentes complexos:
1. Se Deus e o mundo existem, então Deus existe.
2. Se Deus existe, então Deus ou o mundo existem.
Nos casos de condicionais com antecedentes ou consequentes complexos, aplica-se a mesma distinção que já introduzimos anteriormente: para que se aceite uma condicional verdadeira como relevante é necessário que a sua antecedente possa ser verdadeira e que a sua consequente possa ser falsa. As duas condicionais anteriores são verdadeiras e relevantes, mas as duas seguintes não são relevantes, apesar de serem verdadeiras:
1. Se o mundo exterior existe e o mundo exterior não existe, Deus existe.
2. Se Deus existe, então o mundo exterior existe ou o mundo exterior não existe.
CONCLUSÃO
De uma forma conclusiva depois de um aárdua investigação a cerca deste tema que é muito pertinente, temos a dizer:
A argumentação tem como objetivo levar um indivíduo ou grupo a aderir a determinada tese (defendida pelo argumentador, por motivo de familiarização ou até mesmo por próprio capricho). O texto argumentativo deve possuir uma clareza na transmissão de idéias (concisão), podendo tratar de temas, situações ou assuntos variados. É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixa a idéia clara, depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos que exemplifique uma confiabilidade e persuasão. Deve também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a idéia-chave da opinião.
A argumentação surgiu em 427 a.C., na Grécia Antiga. Era denominada Retórica. Argumentar é a arte de convencer e persuadir. (persuadir+Argumentar=Convencer).
Falando da proposição, muitos filósofos e linguistas alegam que a noção de proposição é muito vaga ou inútil. Para eles, é apenas um conceito enganador que deve ser removido da filosofia e da semântica. Quine que a indeterminação da tradução impede qualquer discussão com sentido de proposições, e que as mesmas devem ser descartadas em favor das sentenças.
Todavia, como em réplica diz Alvin Plantiga (em The Nature of Necessity, Oxford:Clarendon Press,1974): "Na medida em que a alegada debilidade [a falta de um claro critério de identidade] pode tornar-se toleravelmente clara, trata-se de uma debilidade que proposições compartilham com eléctrons, montanhas, guerras -- e sentenças."
Na lógica chamada aristotélica ou tradicional, distingue-se proposição de juízo. A proposição é o enunciado verbal de um juízo -- tal como o termo é a expressão verbal de um conceito. A proposição é... uma sequência de palavras; o juízo é uma operação intelectual -- uma asserção afirmativa (Dostoievsky é um escritor russo) ou negativa (Não há bem que sempre dure), verdadeira ou falsa [na Lógica não são consideradas as frases interrogativas, as imperativas ou as vocativas/exclamativas, porque aquilo que expressam não pode ser considerado verdadeiro ou falso. Ex.: Vem cá! ou Quantos anos tens?]
ARGUMENTAÇÃO
Desenvolvimento de um raciocínio com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista, para convencer um oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios.
A argumentação desenvolve-se em função de um destinatário, que influencia directa ou indirectamente a forma como evoluem os argumentos propostos. Argumentamos para persuadir alguém que, à partida, não partilha os mesmos pontos de vista ou as mesmas convicções que nós possuímos. Sem ferir a atenção do destinatário da argumentação, esta jamais poderá ser efectiva. É, pois, condição necessária o estabelecimento de um acordo que em nenhum caso pode ser tácito. A argumentação não é um acto de persuasão meramente psicológica de um auditório. Não nos serve nem a pretensão de eloquência de Isócrates nem a definição de Sócrates referida à tradição sofística da retórica como uma psicogogia ou "persuasão da alma" . Fedro inicia o "Diálogo sobre a Retórica" chamando a atenção para o seguinte: “Ouvi dizer que para quem deseja tornar-se um orador consumado, não se torna necessário um conhecimento perfeito do que é realmente justo, mas sim do que parece justo aos olhos da maioria, que é quem decide, em última instância. Tão-pouco precisa de saber realmente o que é bom ou belo, bastando-lhe saber o que parece sê-lo, pois a persuasão se consegue não com a verdade, mas com o que aparenta ser verdade.” . A estética da recepção de um discurso argumentativo exige uma outra filosofia.
PROPOSIÇÃO
Proposição é um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não-lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.
Diferentes sentenças podem expressar a mesma proposição quando têm o mesmo significado. Por exemplo, "A neve é branca" e "Snow is white" são sentenças diferentes, mas ambas dizem a mesma coisa, a saber, que a neve é branca. Logo, expressam a mesma proposição. Outro exemplo de sentença que expressa a mesma proposição que as anteriores é "A precipitação de pequenos cristais de água congelada é branca", pois "precipitação de pequenos cristais de água congelada" é a definição de "neve".
Na lógica aristotélica uma proposição é um tipo particular de sentença, a saber, aquela que afirma ou nega um predicado de um sujeito.
DESENVOLVIMENTO
(PROPOSIÇÃO)
Proposições são usualmente consideradas como o conteúdo de crenças e outros pensamentos representativos. Elas também podem ser o objeto de outras atitudes, como desejo, preferência, intenção, como em "Desejo um carro novo" e "Espero que chova", por exemplo.
Também não é raro contrastar com a noção de proposição como conteúdo mental a noção de proposições russellianas. De facto, boa parte da discusão em torno da natureza da proposição, travada no século xx e contemporaneamente, oscila, e por vezes tenta conciliar, ambas noções.
Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. De outro modo: uma proposição é uma afirmação que ou é verdadeira ou é falsa.
Usamos frases para exprimir proposições. Mas nem toda a frase é proposição: ordens, perguntas, conselhos só em casos especiais contêm proposições.
Exemplos:
1. As seguintes frases exprimem a mesma proposição:
o Está a chover.
o Esta llooviendo.
o It is raining.
o Il pleut.
2. As seguintes frases exprimem a mesma proposição:
o João ama Maria.
o Maria é amada pelo João.
Discussão: Faz sentido pensar numa proposição como o significado de uma frase. O significado de uma frase tem várias componentes:
• Denotação: o estado de coisas que a frase afirma ser o caso.
• Conotação: os sentimentos, ideias ou emoções provocadas pela frase no auditor.
• ênfase: a importância relativa que o autor atribui aos diferentes elementos da frase.
Por exemplo, na frase "O fogo enfurecia-se pelo monte" a denotação da frase é asserção de que um fogo ocorre no monte. A conotação é a de que isso deve ser temido (a palavra "enfurecia-se" implica cólera e perigo). O ênfase desta frase está no próprio fogo. Se tivéssemos escrito "Pelo monte enfurecia-se o fogo" o ênfase estaria no monte.
Os filósofos discutem bastante sobre o significado. Alguns dizem que o significado é apenas a denotação. Outros dizem que é a combinação apenas da denotação e da conotação. Outros ainda (incluindo Stephen Downes) dizem que o significado é a combinação dos três — denotação, conotação e ênfase.
Valor de Verdade
Uma proposição pode ter um dos seguintes valores de verdade:
• verdade
• falsidade
Os filósofos discutem muito sobre o que constitui a verdade. Por agora podemos usar uma caracterização muito simples:
• "P" é verdadeira se e somente se P.
• "P" é falsa se e apenas se não-P.
Exemplos:
• A proposição "A neve é branca" é verdadeira se e somente se a neve for branca.
• A proposição "A neve é branca" é falsa se e somente se a neve não for branca.
Por outras palavras, uma proposição é verdadeira se ela descreve correctamente um estado do mundo, e será falsa se descrever incorrectamente um estado do mundo. Isto é conhecido como A Teoria da Verdade de Tarski.
(ARGUMENTAÇÃO)
Oferecem-se neste apêndice alguns instrumentos complementares para a redacção e avaliação de argumentos. Os instrumentos aqui expostos são particularmente importantes para a redacção e avaliação de ensaios argumentativos em filosofia, onde o risco de errar não é amenizado pelos dados da experiência. Por este motivo, a ênfase é toda colocada nos argumentos dedutivos. O objectivo é oferecer aos estudantes, sobretudo os de filosofia, a possibilidade de exercer as suas faculdades críticas, argumentando a favor do que pensam acerca dos mais diversos problemas, teses e argumentos filosóficos.
A estrutura deste apêndice é a seguinte: as três primeiras secções tratam da validade de argumentos e da avaliação de condicionais; as duas secções seguintes apresentam duas falácias comuns que têm de ser detectadas e evitadas; introduz-se depois algum simbolismo lógico, assim como algumas regras de transformação, úteis para avaliar alguns argumentos filosóficos; o apêndice termina com dois exemplos de argumentos filosóficos que o leitor já pode agora avaliar, com os instrumentos oferecidos ao longo deste livro.
Validade e correcção
Um argumento dedutivo válido é qualquer argumento dedutivo que obedeça às regras da lógica, algumas das quais foram apresentadas no capítulo VI. A definição semântica de argumento dedutivo válido é a seguinte: um argumento dedutivo é válido se, e somente se, nos casos em que as premissas são verdadeiras, a conclusão também é verdadeira. Por exemplo:
Se o conhecimento é possível, os cépticos estão enganados.
O conhecimento é possível.
Logo, os cépticos estão enganados.
Dada a verdade das duas premissas, a conclusão é também verdadeira. Claro que se as premissas forem falsas, a conclusão tanto pode ser falsa como verdadeira. A validade dedutiva do argumento só nos garante a verdade da conclusão caso as premissas sejam verdadeiras. Por outras palavras, um argumento dedutivo válido garante que nunca podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Considere-se agora o seguinte argumento:
O mundo exterior existe.
O mundo exterior não existe.
Logo, Deus existe.
Pela definição dada, este argumento é válido, apesar de poder parecer o contrário. A indecisão nasce do facto de não ser possível atribuir a verdade simultaneamente às duas premissas, porque estas são inconsistentes. Mas já se torna claro o facto de este argumento ser válido se fizermos a seguinte consideração: precisamente pelo facto de as premissas não poderem nunca ser simultaneamente verdadeiras, segue-se que nunca podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa. Logo, o argumento é válido, pois é isso precisamente que caracteriza os argumentos válidos.
Considere-se este outro argumento:
Deus existe.
Logo, o mundo exterior existe ou o mundo exterior não existe.
À primeira vista pode parecer que este argumento não é válido. Mas se tivermos mais atenção verificamos que se trata, de facto, de um argumento válido. Mais uma vez: dada a verdade da premissa, a conclusão pode ser falsa? Bom, é fácil ver que a conclusão nunca pode ser falsa. Logo, também não é falsa dada a verdade da premissa. Logo, é um argumento válido.
O objectivo destes dois exemplos de argumentos válidos que aparentemente não o são é distinguir a validade de um argumento da sua relevância. Apesar de os dois argumentos acima serem válidos, eles não são relevantes. Porquê? Porque o primeiro é válido à custa da inconsistência das premissas; e o segundo é válido à custa do facto de a conclusão ser sempre verdadeira. Temos assim de perceber que o que nos interessa num ensaio argumentativo, quer estejamos a escrevê-lo, quer estejamos a avaliá-lo, não é a validade dos argumentos tout court, mas um caso especial de validade, a que podemos chamar relevância. Assim, para decidir se um argumento é relevante, temos de usar a seguinte definição: um argumento dedutivo válido é relevante se, e somente se: 1) todas as premissas podem ser simultaneamente verdadeiras; 2) a conclusão pode ser falsa.
Perante um argumento dedutivo qualquer, o leitor deve usar a seguinte rotina para verificar a sua relevância:
1. Verificar se é um argumento válido, pela definição semântica dada.
2. Verificar se todas as premissas podem ser simultaneamente verdadeiras.
3. Verificar se a conclusão pode ser falsa.
Um argumento só é relevante se passar os três testes. Se passar apenas um ou dois, não é relevante.
Condicionais
As condicionais são canonicamente expressas na forma «Se..., então...». Mas a verdade é que existem muitas formas de exprimir condicionais. Esta secção oferece uma lista de algumas dessas formas.
O leitor deve recordar as regras 2, 4 e 6, assim como a regra C4: a clareza na exposição dos seus argumentos é fundamental. Algumas das formas de exprimir condicionais são de evitar, pois só servem para obscurecer o que de outra forma seria uma condicional facilmente compreensível — e também facilmente criticável. Esta secção é útil para avaliar argumentos cuja estrutura lógica está escondida (geralmente atrás de uma hecatombe lexical que impede o leitor de pensar, isto é, de avaliar criticamente o que o autor está a afirmar).
O primeiro facto: muitas vezes, o «então» é elidido, como em
Se Deus não existe, a ética não é possível.
que significa precisamente o mesmo que
Se Deus não existe, então a ética não é possível.
Outros factos menos evidentes:
Se A, então B
pode exprimir se como
1. A somente se B.
2. A só se B.
3. A implica B.
4. A só no caso de B.
5. A só na condição de B.
6. A é condição suficiente de B.
7. B é condição necessária de A.
8. B se A.
9. Só se B é que A.
Não se deve usar a lista acima para fazer variar a forma como, ao longo de um ensaio, se exprimem condicionais. Lembre-se da regra 6, que se aplica também às partículas lógicas: se começou por dizer «Se A, então B», não afirme de seguida «C só se D», para tornar o texto variado; afirme antes «Se C, então D». Um texto não é um espectáculo de variedades e a elegância literária não vale nada se for conseguida à custa da clareza, porque é uma forma luminosa para um conteúdo obscuro (é como um automóvel com uma excelente pintura, mas com o motor avariado).
O que costuma fazer mais confusão são as noções de condição necessária e condição suficiente. A lista acima permite saber exactamente o que é uma condição suficiente (a antecedente de uma condicional) e uma condição necessária (a consequente de uma condicional). Mas os exemplos seguintes tornarão claras estas noções:
Estar inscrito em Filosofia é uma condição necessária para passar a Filosofia. Mas estar inscrito em Filosofia não é uma condição suficiente para passar a Filosofia.
Ter 10 valores é uma condição suficiente para passar a Filosofia. Mas ter 10 valores não é uma condição necessária para passar a Filosofia.
Argumentos e condicionais
Muitos argumentos são expostos sob a forma de uma condicional, como
Se não existir livre-arbítrio, a responsabilidade moral não é possível.
Para avaliar a verdade de uma condicional usam-se precisamente as mesmas regras que se usam para avaliar a validade de um argumento. A diferença consiste agora em tomar a antecedente da condicional em vez das premissas, e a sua consequente em vez da conclusão. Assim, uma condicional pode funcionar como um argumento válido se, e somente se, nos casos em que a antecedente é verdadeira, a consequente também for verdadeira. Por outras palavras, uma condicional pode funcionar como um argumento válido se, e somente se, for uma verdade lógica.
Note-se que uma condicional pode ter antecedentes ou consequentes complexos:
1. Se Deus e o mundo existem, então Deus existe.
2. Se Deus existe, então Deus ou o mundo existem.
Nos casos de condicionais com antecedentes ou consequentes complexos, aplica-se a mesma distinção que já introduzimos anteriormente: para que se aceite uma condicional verdadeira como relevante é necessário que a sua antecedente possa ser verdadeira e que a sua consequente possa ser falsa. As duas condicionais anteriores são verdadeiras e relevantes, mas as duas seguintes não são relevantes, apesar de serem verdadeiras:
1. Se o mundo exterior existe e o mundo exterior não existe, Deus existe.
2. Se Deus existe, então o mundo exterior existe ou o mundo exterior não existe.
CONCLUSÃO
De uma forma conclusiva depois de um aárdua investigação a cerca deste tema que é muito pertinente, temos a dizer:
A argumentação tem como objetivo levar um indivíduo ou grupo a aderir a determinada tese (defendida pelo argumentador, por motivo de familiarização ou até mesmo por próprio capricho). O texto argumentativo deve possuir uma clareza na transmissão de idéias (concisão), podendo tratar de temas, situações ou assuntos variados. É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixa a idéia clara, depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos que exemplifique uma confiabilidade e persuasão. Deve também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a idéia-chave da opinião.
A argumentação surgiu em 427 a.C., na Grécia Antiga. Era denominada Retórica. Argumentar é a arte de convencer e persuadir. (persuadir+Argumentar=Convencer).
Falando da proposição, muitos filósofos e linguistas alegam que a noção de proposição é muito vaga ou inútil. Para eles, é apenas um conceito enganador que deve ser removido da filosofia e da semântica. Quine que a indeterminação da tradução impede qualquer discussão com sentido de proposições, e que as mesmas devem ser descartadas em favor das sentenças.
Todavia, como em réplica diz Alvin Plantiga (em The Nature of Necessity, Oxford:Clarendon Press,1974): "Na medida em que a alegada debilidade [a falta de um claro critério de identidade] pode tornar-se toleravelmente clara, trata-se de uma debilidade que proposições compartilham com eléctrons, montanhas, guerras -- e sentenças."
Na lógica chamada aristotélica ou tradicional, distingue-se proposição de juízo. A proposição é o enunciado verbal de um juízo -- tal como o termo é a expressão verbal de um conceito. A proposição é... uma sequência de palavras; o juízo é uma operação intelectual -- uma asserção afirmativa (Dostoievsky é um escritor russo) ou negativa (Não há bem que sempre dure), verdadeira ou falsa [na Lógica não são consideradas as frases interrogativas, as imperativas ou as vocativas/exclamativas, porque aquilo que expressam não pode ser considerado verdadeiro ou falso. Ex.: Vem cá! ou Quantos anos tens?]
domingo, 1 de novembro de 2009
TEMPERATURA ATMOSFÉRICA
INTRODUÇÃO
A temperatura atmosférica é o grau de aquecimento do ar da atmosfera.
A temperatura da atmosfera da Terra varia entre camadas em altitudes diferentes, portanto, a relação matemática entre temperatura e altitude também varia, sendo uma das bases da classificação das diferentes camadas da atmosfera.
A atmosfera está estruturada em três camadas relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias. Os contatos entre essas camadas são áreas de descontinuidade, e recebem o sufixo "pausa", após o nome da camada subjacente.
A atmosfera corresponde à camada de ar que envolve o Globo Terrestre, a qual pode dividir-se em diversas camadas com características físicas substancialmente diferentes, nomeadamente a troposfera, a estratosfera, a mesosfera e a exosfera.
A temperatura atmosférica é um dos elementos climáticos mais importantes. Corresponde ao estado térmico do ar atmosférico, ou seja, ao estado de “frio” ou de “calor” da atmosfera.
É medida por meio de aparelhos chamados termômetros e, para medi-la, os meteorologistas utilizam dois tipos de termômetros: o de máximas (à base de mercúrio) e o de mínimas (à base de álcool).
A partir do registo das temperaturas podemos calcular TEMPERATURAS MÉDIAS (soma dos valores de temperatura registados a dividir pelo número de registos) e AMPLITUDES TÉRMICAS ( diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registadas). Estes cálculos podem ser feitos para um dia (diurnos), para um mês (mensais) ou para um ano (anuais).
Como consequência do Movimento de Rotação, a temperatura varia ao longo de um dia: quanto maior é a inclinação dos raios solares mais fraco é o aquecimento.
Como consequência do Movimento de Translação, a temperatura varia em latitude e ao longo do ano. Podemos analisar a distribuição das temperaturas em mapas de ISOTÈRMICAS ( linhas que unem pontos de igual temperatura média reduzida ao nível do mar):
à Registam-se temperaturas médias anuais elevadas e fracas amplitudes térmicas anuais junto ao Equador.
à Registam-se temperaturas médias anuais moderadas e maiores amplitudes térmicas anuais nas latitudes médias
à Registam-se temperaturas médias anuais baixas e fortes amplitudes térmicas anuais junto aos Pólos.
O ar seco aquece e arrefece mais depressa que o ar húmido e, por isso, dizemos que a humidade modera a temperatura. Deste modo, os lugares mais próximos do mar têm amplitudes térmicas mais fracas.
Com base na distribuição das temperaturas em latitude divide-se a Terra em zonas climáticas:
à ZONA QUENTE ou INTERTROPICAL ( localizada entre os trópicos)
à ZONAS TEMPERADAS DO NORTE E DO SUL ( localizadas entre os trópicos e os círculos polares)
à ZONAS FRIAS DO NORTE E DO SUL ( respectivamente a Norte e a Sul dos círculos polares)
A temperatura atmosférica varia de -60ºC à 1.000ºC nas diferentes camadas que vamos citar:
Troposfera
É a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície terrestre e que contém o ar que respiramos. Tem altitude entre 8Km a 16Km. É a camada menos espessa, mas é a mais densa. O ar junto ao solo é mais quente, diminuindo de temperatura com a altitude até atingir -60ºC. A zona limite chama-se tropopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Estratosfera
Situa-se entre os 12Km a 50Km. É aqui que está a camada de ozono. Nesta camada a temperatura aumenta de -60ºC a 0ºC. Este aumento deve-se à interacção química e térmica entre a radiação solar e os gases aí existentes. As radiações absorvidas são as ultravioletas (6,6 a 9,9 x10-19 J). A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Mesosfera
Situa-se entre os 50Km a 80Km. Trata-se da camada mais fria da atmosfera. A temperatura volta a diminuir com a altitude, chegando aos -100ºC aos 80Km. A absorção da radiação solar é fraca. A zona limite chama-se mesopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Termosfera
É a camada mais extensa. Começa nos 80Km e vai para além dos 1000Km. Trata-se da camada mais quente da atmosfera. A temperatura pode atingir os 2000ºC. Absorvem-se as radiações solares mais energéticas (energia superior a 9,9 x10-19 J). Subdivide-se em duas partes a ionosfera (entre 80 e 550Km) e a exosfera (parte exterior da atmosfera que se dilui no espaço a partir dos 1000Km de altitude).
[editar] Exosfera
É a camada mais externa da atmosfera. Começa mais ou menos a 600km de altitude e seus limites superiores são imprecisos. Nessa camada, a inexistência de ar permite temperaturas elevadíssimas (mais de 1.000°C), razão pela qual as naves espaciais são construídas com materiais super-resistentes. Foi nessa camada, a 600 km de altitude, que a nave espacial Discovery colocou em órbita o telescópio Hubble em abril de 1990. Nessa altitude, o telescópio está praticamente livre da influência da atmosfera para realizar suas observações do universo.
CONCLUSÃO
Contudo pode concluir-se que a atmosfera é a camada gasosa que envolve a terra. E a sua temperatura é variável de -60ºC à 2000ºC, tal varia consoante a camada em que nos encontramos.
Essas variações são influienciadas pelos movimentos de rotação e translação terrestre. No entanto estas variações induzem também variações climáticas nas diferentes zonas do globo, a temperatura nos polos é diferente da do equador e assim consecutivamente.
A temperatura atmosférica é o grau de aquecimento do ar da atmosfera.
A temperatura da atmosfera da Terra varia entre camadas em altitudes diferentes, portanto, a relação matemática entre temperatura e altitude também varia, sendo uma das bases da classificação das diferentes camadas da atmosfera.
A atmosfera está estruturada em três camadas relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias. Os contatos entre essas camadas são áreas de descontinuidade, e recebem o sufixo "pausa", após o nome da camada subjacente.
A atmosfera corresponde à camada de ar que envolve o Globo Terrestre, a qual pode dividir-se em diversas camadas com características físicas substancialmente diferentes, nomeadamente a troposfera, a estratosfera, a mesosfera e a exosfera.
A temperatura atmosférica é um dos elementos climáticos mais importantes. Corresponde ao estado térmico do ar atmosférico, ou seja, ao estado de “frio” ou de “calor” da atmosfera.
É medida por meio de aparelhos chamados termômetros e, para medi-la, os meteorologistas utilizam dois tipos de termômetros: o de máximas (à base de mercúrio) e o de mínimas (à base de álcool).
A partir do registo das temperaturas podemos calcular TEMPERATURAS MÉDIAS (soma dos valores de temperatura registados a dividir pelo número de registos) e AMPLITUDES TÉRMICAS ( diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registadas). Estes cálculos podem ser feitos para um dia (diurnos), para um mês (mensais) ou para um ano (anuais).
Como consequência do Movimento de Rotação, a temperatura varia ao longo de um dia: quanto maior é a inclinação dos raios solares mais fraco é o aquecimento.
Como consequência do Movimento de Translação, a temperatura varia em latitude e ao longo do ano. Podemos analisar a distribuição das temperaturas em mapas de ISOTÈRMICAS ( linhas que unem pontos de igual temperatura média reduzida ao nível do mar):
à Registam-se temperaturas médias anuais elevadas e fracas amplitudes térmicas anuais junto ao Equador.
à Registam-se temperaturas médias anuais moderadas e maiores amplitudes térmicas anuais nas latitudes médias
à Registam-se temperaturas médias anuais baixas e fortes amplitudes térmicas anuais junto aos Pólos.
O ar seco aquece e arrefece mais depressa que o ar húmido e, por isso, dizemos que a humidade modera a temperatura. Deste modo, os lugares mais próximos do mar têm amplitudes térmicas mais fracas.
Com base na distribuição das temperaturas em latitude divide-se a Terra em zonas climáticas:
à ZONA QUENTE ou INTERTROPICAL ( localizada entre os trópicos)
à ZONAS TEMPERADAS DO NORTE E DO SUL ( localizadas entre os trópicos e os círculos polares)
à ZONAS FRIAS DO NORTE E DO SUL ( respectivamente a Norte e a Sul dos círculos polares)
A temperatura atmosférica varia de -60ºC à 1.000ºC nas diferentes camadas que vamos citar:
Troposfera
É a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície terrestre e que contém o ar que respiramos. Tem altitude entre 8Km a 16Km. É a camada menos espessa, mas é a mais densa. O ar junto ao solo é mais quente, diminuindo de temperatura com a altitude até atingir -60ºC. A zona limite chama-se tropopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Estratosfera
Situa-se entre os 12Km a 50Km. É aqui que está a camada de ozono. Nesta camada a temperatura aumenta de -60ºC a 0ºC. Este aumento deve-se à interacção química e térmica entre a radiação solar e os gases aí existentes. As radiações absorvidas são as ultravioletas (6,6 a 9,9 x10-19 J). A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Mesosfera
Situa-se entre os 50Km a 80Km. Trata-se da camada mais fria da atmosfera. A temperatura volta a diminuir com a altitude, chegando aos -100ºC aos 80Km. A absorção da radiação solar é fraca. A zona limite chama-se mesopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Termosfera
É a camada mais extensa. Começa nos 80Km e vai para além dos 1000Km. Trata-se da camada mais quente da atmosfera. A temperatura pode atingir os 2000ºC. Absorvem-se as radiações solares mais energéticas (energia superior a 9,9 x10-19 J). Subdivide-se em duas partes a ionosfera (entre 80 e 550Km) e a exosfera (parte exterior da atmosfera que se dilui no espaço a partir dos 1000Km de altitude).
[editar] Exosfera
É a camada mais externa da atmosfera. Começa mais ou menos a 600km de altitude e seus limites superiores são imprecisos. Nessa camada, a inexistência de ar permite temperaturas elevadíssimas (mais de 1.000°C), razão pela qual as naves espaciais são construídas com materiais super-resistentes. Foi nessa camada, a 600 km de altitude, que a nave espacial Discovery colocou em órbita o telescópio Hubble em abril de 1990. Nessa altitude, o telescópio está praticamente livre da influência da atmosfera para realizar suas observações do universo.
CONCLUSÃO
Contudo pode concluir-se que a atmosfera é a camada gasosa que envolve a terra. E a sua temperatura é variável de -60ºC à 2000ºC, tal varia consoante a camada em que nos encontramos.
Essas variações são influienciadas pelos movimentos de rotação e translação terrestre. No entanto estas variações induzem também variações climáticas nas diferentes zonas do globo, a temperatura nos polos é diferente da do equador e assim consecutivamente.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

A poluição atmosférica refere-se às alterações da atmosfera susceptíveis de causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia.
A adição dos contaminantes pode provocar danos directamente na saúde humana ou no ecossistema, podendo estes danos ser causados por elementos resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis.
DESENVOLVIMENTO
Poluição atmosférica significa uma introdução antropogénica, directa ou indirectamente, de substâncias ou energia para o ar, resultando em efeitos prejudiciais de modo a pôr em perigo a saúde humana, danos nos recursos vivos e nos ecossistemas assim como nos bens materiais, pôr em risco ou prejudicar os valores estéticos e as outras legítimas utilizações do ambiente.
A influência dos contaminantes, ou substâncias poluentes, no grau de poluição depende da sua composição química, concentração na massa de ar ou mesmo dependendo das condições climatéricas, que podem influenciar a sua dissipação, ou os mecanismos reaccionais que podem dar origem a novos poluentes.
A poluição é geralmente encontrado em cidades pré-industriais, onde as pessoas queimam madeira e trabalham em artesanato e indústria. Já no século V a.C., Hipócrates observa o efeito dos alimentos, da ocupação e, sobretudo, do clima nas doenças, escrevendo o livro Ar, água e lugares, onde fala da importância do clima, as diferente propriedades do ar em função de diferentes ventos e da qualidade do ar e da água.
Posteriormente, outra referência surge em 61 a.C., através de Séneca, que afirma: "mal deixei o ar pesado de Roma para trás e o mau cheiro do fumo das chaminés … que derramam vapor pestilento e fuligem… senti uma alteração do meu humor".[6] Em 1257, a Rainha Leonor de Provença é forçada a deixar o Castelo de Nottingham devido a faltas de ar causadas pelos intensos fumos de carvão. Mais tarde, em 1558 A Rainha Isabel I de Inglaterra e Escócia proibiu a queima de carvão durante as Sessões do Parlamento por ser alérgica aos fumos libertados.[10][11]
POLUENTES
Os contaminantes do ar provêm de diversas fontes, como fábricas, centrais termoeléctricas, veículos motorizados, no caso de emissões provocadas pela actividade humana, podendo igualmente provir de meios naturais, como no caso de incêndios florestais, ou das poeiras dos desertos.
Os poluentes são normalmente classificados como primários ou secundários. Poluentes primários são os contaminantes directamente emitidos no ambiente, como no caso dos gases dos automóveis, e os secundários resultam de reacções dos poluentes primários na atmosfera.[23] Neste caso, o ozono troposférico (O3), resultante de reacções fotoquímicas entre os óxidos de azoto, monóxido de carbono ou compostos orgânicos voláteis (COV).
IMPACTOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
A poluição atmosférica causa impactos negativos na saúde humana, cujo grau de incidência e de perigosidade depende do nível de poluição, assim como dos poluentes envolvidos. Os problemas com maior expressão são ao nível do sistema respiratório e cardiovascular. Estudos recentes mostram que crianças sujeitas a niveis elevados de poluição atmosférica têm maior prevalência de sintomas respiratórios, sofrem uma diminuição da capacidade pulmonar com um aumento de episódios de doença respiratória, podendo mesmo fazer aumentar o absentismo nas escolas, assim como a capacidade de concentração.
Estudos efectuados em três países, Áustria, França e Suíça, demonstram que a poluição atmosférica é responsável por 6% das mortes ocorridas anualmente no conjunto desses países, sendo que metade das mortes se deve á poluição rodoviária. Alerta ainda para o fato de 4000 pessoas morrerem por ano devido aos efeitos da poluição atmosférica, e que cerca de 25 000 dos casos de ataque de asma anuais têm como origem precisamente na exposição aos poluentes atmosféricos. Tudo isto causa impactos nas finanças, sendo que os esforços do sistema de saúde ronda 1,7 % do seu PIB.[48] Já nas grandes cidades da Ásia e América do Sul, provoca vítimas de problemas respiratórios e cardíacos, infecções pulmonares e cancro, sendo o valor de vítimas mortais a rondar os 2 milhões. Estas cidades albergam cerca de metade da população mundial, esperando-se que atinja os dois terços em meados de 2030.
PROTOCOLO DE QUIOTO
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992).[80][81]
O protocolo constitui um passo importante na luta contra o aquecimento global, pois apresenta objectivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa. Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.
ESTATÍSTICAS DE EMISSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
A poluição atmosférica é geralmente concentrada em áreas metropolitanas densamente povoadas, especialmente nos países em desenvolvimento onde as normas ambientais são menos restritivas ou inexistente. No entanto, mesmo os países desenvolvidos e com normas e legislação ambientais avançadas se pode verificar níveis elevados de poluentes atmosféricos. No entanto podemos aqui citar algumas cidades mais poluídas do mundo: Cairo-Egipto, Deli-Índia, Calcutá-Índia, Tianjin-China, Chongqing-China, Kanpur-India, Lucknow-India, Jacarta-Indonesia, Shenyang-China.
3Os países que mais emitem dióxido de carbono (CO2) são: Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Japão, Alemanha e Austrália.
CONCLUSÃO
Entretanto pode-se concluir que, a poluição atmosférica é a introdução, directa ou indirectamente de substâncias ou energia para o ar. E tais substâncias ou quantidades de energia infectam o ar atmosférico.
Esses gases ou energias derrubam a camada de ozono, que é uma sub camada atmosférica que filtra os raios solares impedindo assim que tais raios de elevadas temperaturas alcancem a superfície terrestre e os seus habitantes.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
POESIA
INTRODUÇÃO
A poesia é a expressão de sentimentos, emoções e sentidos do poeta em relação àquilo que o rodeia ou pelo que toma como tema, revelada numa forma escrita, cuja sonoridade e estrutura, muitas vezes se assemelha a um cântico, a um apelo, etc.
Analisando-a no plano fónico, a poesia não é uma linguagem comum que serve somente para significar. Consegue criar um conjunto de sons agradáveis e melodiosos através da rima, do ritmo e de várias figuras de estilo como a repetição que é frequentemente utilizada.
DESENVOLVIMENTO
A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.” O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta. Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.
Gêneros poéticos
Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.
"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan
Licença poética
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
CONCLUSÃO
A poesia consegue tornar visível algo abstracto como os sentimentos, em realidades quase palpáveis. Uma das formas mais representativas da poesia é o lirismo que não é mais do que a expressão do "eu".
Aí, o poeta fala do que sente; revela-nos o seu estado de espírito, de um modo que é estranho ao homem em geral, que muitas vezes é tomado pelos mesmos sentimentos e sensações, mas que não é capaz de os revelar da mesma forma. Aliás, como o são os sentimentos, a poesia não é regida por um modelo generalizado: cada poeta tem a sua forma, o seu estilo, o seu método de escrever... O poeta poderá também apresentar como tema aquilo que o rodeia. Interioriza o que lhe é externo e trata-o de uma forma sentida, expondo o resultado, de um modo geral, completamente transformado, à sua maneira: revela um mundo criado por si a partir de um mundo que lhe passa ao lado.
É uma arte; é um dom que só alguns possuem. É conseguir fazer chorar a partir de um motivo para rir. É tão somente viver poesia.
A poesia é a expressão de sentimentos, emoções e sentidos do poeta em relação àquilo que o rodeia ou pelo que toma como tema, revelada numa forma escrita, cuja sonoridade e estrutura, muitas vezes se assemelha a um cântico, a um apelo, etc.
Analisando-a no plano fónico, a poesia não é uma linguagem comum que serve somente para significar. Consegue criar um conjunto de sons agradáveis e melodiosos através da rima, do ritmo e de várias figuras de estilo como a repetição que é frequentemente utilizada.
DESENVOLVIMENTO
A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.” O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta. Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.
Gêneros poéticos
Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.
"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan
Licença poética
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
CONCLUSÃO
A poesia consegue tornar visível algo abstracto como os sentimentos, em realidades quase palpáveis. Uma das formas mais representativas da poesia é o lirismo que não é mais do que a expressão do "eu".
Aí, o poeta fala do que sente; revela-nos o seu estado de espírito, de um modo que é estranho ao homem em geral, que muitas vezes é tomado pelos mesmos sentimentos e sensações, mas que não é capaz de os revelar da mesma forma. Aliás, como o são os sentimentos, a poesia não é regida por um modelo generalizado: cada poeta tem a sua forma, o seu estilo, o seu método de escrever... O poeta poderá também apresentar como tema aquilo que o rodeia. Interioriza o que lhe é externo e trata-o de uma forma sentida, expondo o resultado, de um modo geral, completamente transformado, à sua maneira: revela um mundo criado por si a partir de um mundo que lhe passa ao lado.
É uma arte; é um dom que só alguns possuem. É conseguir fazer chorar a partir de um motivo para rir. É tão somente viver poesia.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
PROBLEMÁTICA DO ENSINO DAS LÍNGUAS NACIONAIS EM ANGOLA NO PERIODO DE NORTON DE MATTOS
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, faremos uma abordagem exaustiva sobre a problemática do ensino das línguas nacionais em Angola no período de Norton de Mattos.
É um tema bastante pertinente dada as suas influências directas no actual mosaico sócio-cultural angolano. E, para, que fosse possível fazer-se o mesmo foram usados métodos como, investigativo, indutivo e dedutivo. Esperamos que com o presente trabalho os colegas sejam capazes de conhecer a problemática do ensino das línguas nacionais no período em estudo. E, analisar os factores que concorreram para esta problemática; o período que mais adiante nós vamos debruçar é subdividido pelos seguintes períodos (1912 à 1915) e de (1921 à 1924), período em que ocorreram os governos de Norton de Matos.
José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos, nasceu em Ponde de Lima a 23 de Março de 1867. Era filho de Tomás Mendes Norton de Mattos e de Emília de Mattos Prego e Sousa. Casou-se com Ester Newton Pereira de Mattos. Frequentou o colégio de Braga, e, em 1880, ingressou na Escola Académica, de Lisboa. Em Outubro de 1884 iniciou o curso de matemática, na universidade de Coimbra, cujo bacharelato obteve em 1888, e dois anos depois concluiu o curso de Estado-Maior do exército.
Em 1910, foi nomeado mediante concurso, professor de geodesia e topografia no Instituto Superior Técnico (I.S.T). Ficou somente um ano e alguns meses pois em 1912, foi convidado para Governador-Geral de Angola, para onde partiu à 01 de Junho, tendo chegado à aquela província à 17 do mesmo mês. Era então major do corpo do Estado-Maior. Administrou esse território até Março de 1915. Revelou, nestas funções, uma notável capacidade administrativa e um grande espírito de previsão futura.
A sua vida foi quase toda consagrada ao estado e ao governo dos territórios ultramarinos. Teve, no entanto, acção preponderante noutras actividades nacionais. Em 1949, já com o posto de general, embora na reserva, apresentou a sua candidatura à presidência da república.
A extensa actividade política facultou-lhe, além de várias medalhas, o título de Sir, da coroa Belga, da Região de honra, comendador da ordem de Cristo, etc.
“Remeto inclusos 800 cruzeiros em notas, que recebi do Brasil em pagamento de um artigo que há mais de um ano escrevi para uma revista brasileira. Isto hoje pouco vale. Peço-lhe que me obtenha o maior câmbio possível.
Nunca tive tempo para fazer fortuna e agora, com as grandes despesas desta demanda doença, tenho de aproveitar todas as migalhas”(1)
(1) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Mattos alto-comissário de Angola, p.p. XVII
Poucos dias depois, a 13 de Janeiro de 1955, faleceu na localidade onde nascera. Esta ocorrência originou o desaparecimento de um dos mais ilustres portugueses de sempre.
Não pretendemos aqui fazer uma abordagem exagerada sobre Norton de Mattos dado que o nosso objectivo não é este. Mas de compreendemos melhor como foi esse grande contribuinte para a história contemporânea de Angola.
Portanto, vamos retratar já a seguir os factores e factores que concorrem para a problemática das línguas nacionais na época deste homem, a sua política e as consequências que daí advieram
CAPÍTULO I
1.- A EDUCAÇÃO E A INSTRUÇÃO
Norton de Matos afirmava que “A educação e a instrução dos indígenas apareceu-me desde as primeiras horas, como de necessidade absoluta e como um dever a cumprir”.(2) Para ele, a principal dificuldade de civilizar a África à nossa maneira, quero dizer, assimilando os seus habitantes a nós mesmos de tal forma que com o tempo apenas fique a cor a distinguir-nos e em tão pequeno e insignificante grau que acabaremos uns e outros, por não dar por ela no convívio constante e de perfeita igualdade na comunidade nacional comum, é a profunda diferença das línguas que falamos.
Enquanto os habitantes de Angola, Moçambique, Guiné, Índia e Timos não falarem todos correntemente o português, a Unidade Nacional não será perfeita e a civilização destes povos poderá fazer-se, mas conduzirá fatalmente a nacionalidade diversas.(3)
O Brasil sofou-se como nação graças a língua portuguesa que lá deixamos. Ao chegar a Angola em 17 de Junho de 1912, achei-me perante a população que era aproximadamente a seguinte:
Pretos………….3.666.000
Brancos…………...13.800
Mestiços…………..28.000
3.707.800 Habitantes
Dos mestiços e pretos só 18.000 falariam o português; e dos 3.694.000, mestiços e pretos uns 600.000 à 700.000 estariam em idade de aprenderem a nossa língua. Como transformar este estado de coisas? Seriam necessárias muitas dezenas de anos; um grande número de escolas onde principalmente, quase exclusivamente, se pensasse no ensino da língua portuguesa; um rápido povoamento de Angola com famílias portuguesas, que deveriam atingir no fim de 35 anos a contar de 1915, um milhão de pessoas. Mas era necessário caminhar sem assustar ninguém.
Pus-me a dar os primeiros passos para a realização do formidável projecto de se fazerem esquecer o mais rapidamente possível as línguas de Angola, substituindo-as pela língua portuguesa; e o facto de os Bantu nunca terem aproveitado ou inventado qualquer espécie de escrita na sua vida em comunidade, desviava deste propósito qualquer aspecto de destruição ou de injustiça.(4)
(2) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(3) Idem…
(4) Ibidem…
Quando cheguei a Angola, o orçamento em vigor fixava para a Indústria Pública a verba de 16.000 escudos, na qual a quase exclusiva despesa era o pagamento de 14 professores de instrução primária, únicos que havia na província. No meu orçamento de 1913-1914 consegui elevar o número de professores a noventa e oito (98) e a despesa com a instrução da província a 84.056 escudos (£=5$00). Uma proposta orçamental suplementar elevou o número dessa categoria de professores a 112, e tendo-se principiado a instalar e a mobilizar as escolas respectivas.
Em 08 de Abril de 1912, Norton de Matos mandou ao ministro da colónias sobre matéria de instrução na província de Angola um desenvolvido relatório. Norton afirmou o seguinte: “a minha opinião mantém-se a mesma que acabo de apresentar quanto a aprendizagem da língua portuguesa e a substituição total por ele de todas as línguas indígenas”.(5) Já depois de sua saída continuou a defender os seus intentos, nos seguintes termos: “mantenho ainda hoje a minha oposição à abertura de qualquer ensino superior ou universitário na província; continuo a advogar com a maior insistência o ensino profissional que tivesse por fim a formação no interior de Angola de auxiliares técnicos de onde as crianças adquirirão hábitos de limpeza, de higiene, de decência e de moralidade.”(6)
Quando voltou a Angola, em 1921, encontrou essa verba reduzida para 26 contos. Estava a libra a 42$00 e a subir rapidamente o caminho que a levou a 134$00, em 1924. Esses valores de constituíram numa recordação bastante dolorosa de Norton de Mattos. O seu orçamento de 1921-1922 elevou essa verba a 732 contos que passaram para 1.858 contos no orçamento seguinte e para 2.663 contos no do ano de 1923-1924.
Permitiram estas verbas e, principalmente o espírito que presidiu a sua aplicação, levar a centenas de indígenas os benefícios da instrução e, sobretudo, espalhar entre as populações indígenas a convicção de que Portugal desejava dotar o mais rapidamente possível todos os grandes centros de população preta de escolas, onde se aprendesse a falar, a ler e a escrever a língua portuguesa.
Norton de Mattos concluiu “Não me foi necessário muito tempo de permanência em Angola para me convencer de que era esta a ambição máxima dos indígenas da província. Não a soubemos aproveitar, nos anos que decorreram a partir de 1923”.(7)
(5) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(6) Idem…
(7) Ibidem…
1.1.- ESCOLAS RITA NORTON DE MATOS.
Criaram-se em Angola escolas para a educação de crianças indígenas do sexo feminino às quais um acto de justiça e reconhecimento deu o nome de «Escolas Rita Norton de Mattos». Os princípios basilares e a orientação que presidiram a organização destes estabelecimentos podem resumir-se da seguinte maneira:
1º Essas escolas são destinadas exclusivamente a raparigas indígenas, que devem principiar a frequentá-las de terra idade, para que a força dos hábitos adquiridos no seio das famílias, não oponha barreira insuperável à educação à ministrar;
2º O regime escolar é o de semi-internato, para que a criança esteja bastante horas separada da família indígenas, mas não segregada dela;
3º A escola será sobretudo uma casa de educação e trabalho, onde as crianças adquirirão hábitos de limpeza, de higiene, de decência e de moralidade;
4º A escola não terá qualquer criados ou serviçais, sendo todo o trabalho doméstico interno, de limpeza, de lavagem de roupa, cozinha, serviço de mesa, etc., feito pelas crianças indígenas, por turnos e segundo as suas idades;
5º A comida e o vestuário das crianças serão os usuais da família indígena a que pertencem, apenas mais cuidados e mais limpos;
6º Haverá uma aula de costura em que se ensine unicamente a fazer roupa modesta, de homem e de mulher, que usem ou devem usar os indígenas da região onde estiver situado a escola;
A instrução literária limitar-se-á a falar, a ler e escrever o português, as quatro operações aritméticas e ao conhecimento da moeda e dos pesos e medidas correntes em Angola. Simples palestras sobre higiene das pessoas e das habitações, contra os vícios e práticas nocivas, usos e costumes nefastos de vida do indígena, sobre a história de Portugal e os benefícios da civilização portuguesa, adequadas as idades e ao desenvolvimento intelectual dos ouvintes, serão frequentemente feitas.
“Alguma coisa perderão por certo, mas não perderão tudo, afirmou Norton de Mattos.(8) A criança passará a ser na famílias indígena um elemento de educação, e a sua influência educativa crescerá com os anos de frequência escolar.
E quando, findo este período de seis (6) a oito (8) anos de escola, as raparigas pretas, transformadas em mulheres de uma civilização e moralidade superior, voltem definitivamente à vida da família, constituíam famílias regulares e de harmonia com as nossas leis, religiosas e costumes, a sua influência no sentido que desejamos será enorme. Nunca a influência do homem educado nas escolas profissionais poderá na vida de famílias, na evolução social que temos em vista, aproximar-se sequer da mulher.
(8) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
Montem-se algumas centenas destas escolas em Angola, dizia Norton de Matos, coloquem-se em cada uma delas duas (2) mulheres portuguesas que sejam capazes de desempenhar a alta-missão que este plano educativo exige, e Angola transformar-se-á, por completo, no que respeita à civilização dos indígenas, dentro de poucas gerações.
Assim pensou desde a primeira hora, pois que a primeira «escola Rita de Norton de Mattos» foi criada por diploma de 03 de Outubro de 1912. No preâmbulo deste documento Norton de Mattos escreveu: “Sendo certo de que a educação da mulher indígena habituada aos mais rudes trabalhos e constituindo por isso mesmo um elemento preponderante nas sociedades nativas, será um dos melhores meios de abrir brecha na ignorância, nas superstições, nos preconceitos e nos vícios das populações de Angola; não me restando qualquer dúvida de que, para se obterem resultados propícios das instituições escolares para indígenas, a instrução literária deve ceder o pano ao ensino profissional”.(9)
A primeira das escolas de que Norton de Mattos retrata foi inaugurada em Luanda em 31 de Janeiro de 1913. Poucos dias antes, um diploma seu aprovava o regulamento dessas escolas. Nele claramente se revela o espírito e as intenções que presidiam à sua criação. Bastantes anos depois, ao dizer ao que foram as bases da sua política indígena Norton de Mattos escreveu novamente: «Pôr, enquanto se trata de indígenas, a educação e o ensino de uma profissão manual acima da instrução literária».(10)
Pelo seu já referido projecto de orçamento para 1913-1914, criara-se em todos os distritos da província escolas daquela natureza para o sexo feminino e escolas profissionais de artes e ofícios para o sexo masculino indígena.(11)
A guerra obrigou-o a sair de Angola e tudo aquilo ficou quase tudo no papel.
Foi-lhe possível, em 1921 à 1924, investido como estava dos poderes de Alto-Comissário da república, dar um grande impulso à instrução dos indígenas de Angola. No ano de 1922 publicou 29 diplomas com esse fim, e, ao terminar desse ano, tinham sido criadas 44 escolas novas. Em 1923, for mantida esta grande intensidade no desenvolvimento da instrução pública.
(9) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(10) Idem…
(11) Ibidem…
1.2 – CRIAÇÃO DAS ESCOLAS-OFICINAS
Os serviços públicos de espécie de instrução atingiram uma grande expansão, caracterizada pelo aparecimento de um elevado número de escolas-oficinas, umas destinadas a raparigas, a maioria, porém, reservadas aos rapazes, e uma com carácter misto. De entre as que visavam o sector populacional feminino, podem menciona-se:
- As escolas primárias técnicas, de semi-internato, criadas no Dondo, Belmonte e Andulo, pela portaria provincial Nº 30, de 23 de Fevereiro de 1922, cujo ensino constava de instrução literária rudimentar, de prática de costura, corte e confecção de vestuário comum, de nações de misteres domésticos, da aprendizagem de noções higiénicas e de cuidados a observar no tratamento dos filhos.
- O asilo-escola Rita Norton de Matos, aprovado por decreto Nº 199, de 24 de Julho de 1922, que acomodava em regime de internato, um mínimo de cinquenta (50) crianças e aceitava, na modalidade de semi-internato, o número de alunos que as instalações comportassem. Funcionava em Luanda e destinava-se a obrigar e a educar propriamente as crianças indígenas.
- A escola de ensino primário fundada em Malange, pela portaria provincial Nº 20, de 25 de Janeiro de 1923, que seguia uma política educacional idêntica à seguida no asilo-escola de Luanda.
As escolas destinadas aos rapazes visavam, na parte do ensino profissional, incutir-lhes noções de marcenaria, carpintaria, de pedreiro, de alfaiataria, de sapateiro, de ferreiro, de serralheiro, de oleiro, etc… Destas mencionar-se-ão as criadas nas seguintes localidades:
- Escola-oficona 21 de Janeiro, que funcionava em Luanda de acordo com a portaria provincial Nº 29, de 23 de Fevereiro de 1922;
- As escolas de Catete, Gabela, Nova Seles, Mussende, Calulu, Muxima e Vila Liso, todas aprovadas pela portaria provincial Nº 33, de 24 de Fevereiro de 1922;
- A de Saurimo, instituída pela portaria provincial Nº 52, de 10 de Março de 1922;
- As de Cabinda, Maquela do Zombo, Santo António do Zaire, Malange, Gnada e Cubango, criadas pela portaria provincial Nº 54, de 10 de Março de 1922;
- A escola do Cuma, cujo aparecimento se deve à portaria Nº 145, de 28 de Julho de 1922;
- A escola do Bailundo, criada pela portaria provincial Nº 149, de 28 de Julho de 1922;
- A do Ambriz, regulada pela portaria provincial Nº 155, de 17 de Agosto de 1922;
- A do Andulo (portaria provincial Nº 191, de 31 de Outubro de 1922);
- A de Kangamba (portaria provincial Nº 202, de 16 de Novembro de 1922);
- A escola da sede da circulação civil do Alto-Cwanza aprovada pela portaria provincial Nº 80, de 25 de Abril de 1923.(12)
Pelo que se verifica, o esquema seguido adoptou escolas separadas, conforme se destinavam a rapazes ou a raparigas. Tal orientação devia ter sido imposta pela diferente natureza dos ofícios que se tornava necessária ministrar aos interessados. A contrair esta política, verificava-se, apenas uma excepção determinada pela portaria provincial Nº 32, de 24 de Fevereiro de 1922, que institui, na Humpata, uma escola-oficina para ambos os sexos denominado Óscar Torres, para cujas instalações se reservaram os edifícios destinados aos serviços de aviação.(13)
(12) MATOS, Norton de, providências, de 1922, p.p. 192, 290, 320, 482, 533 e 389
(13) Ibidem, de 1923, 313, 389
1.2.1 – REGULAMENTO GERAL DAS ESCOLAS-OFICINAS
Constitui este diploma a verdadeira «carta de instrução dos indígenas de Angola».
O décimo artigo do decreto Nº 30, de 26 de Julho de 1921, preceituava que seriam criadas, em todos os concelhos e circunscrições administrativas onde as não houvesse, escolas-oficinas para o ensino de indígenas. Foi aprovado, posteriormente, o regulamento geral das escolas oficinas, pelo decreto Nº 242, de 22 de Fevereiro de 1923, que era a verdadeira “carta da instrução dos indígenas de Angola”(14) Neste regulamento encontravam-se estabelecidas as regras que deviam enquadrar as actividades escolares. Era constituído por dez (10) capítulos, cujos títulos foram assim enunciados; instituição e fins das escolas, instalação das escola; organização do ensino (disposições gerais, instrução literária e técnica, educação moral e cultura cívica/física), regime escolar e admissão de alunos, tempo escolar, pessoal de ensino, administração de escolas, superintendência e fiscalização das escolas e disposições gerais. A instrução ministrada nestes centros de aperfeiçoamento, compreendia de uma maneira geral, para os alunos, a difusão da língua portuguesa, o ensino literário, a aprendizagem de artes e ofícios e a educação moral e física e, para as alunas, mantinha-se o mesmo programa, excepto a prática de artes e ofícios que era substituída pelo ensino da costura, de trabalhos domésticos ou de qualquer outra ocupação compatível com a natureza feminina. A orientação atribuída a essas escolas permitia o aperfeiçoamento e a moralização dos hábitos e do carácter das populações e, no que respeitava aos centros para as raparigas, constituíam mais casas de trabalho do que escolas.
O ensino prosseguido por estas escolas era gratuito e apresentava várias modalidades:
- Escolas com o regime de semi-internato, para rapazes;
- Asilos-escolares, para os menores de sexo masculino, onde os alunos além da educação, recebiam completa assistência material;
- Escolas com o regime de semi-internato, para raparigas, do género das antigas escolas Rita Norton de Mattos;
- Asilos-escolas, para as menores do sexo feminino, do estilo do asilo-escola Rita Norton de Mattos.(15)
(14) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(15) MATOS, Norton de, providências, de 1923, 39 a 55
MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida vol. III, p.p. 311 a 313
MATOS, Norton de, A nação Una, p.p 96, 235
2. – CRIAÇÃO DA MISSÕES CIVILIZADORAS LAICAS.
O decreto 300, marcou a minha posição no quadro da vida nacional; foi um diploma legislativo que criou em Angola esta espécie de missões. Nada há nele de ambíguo, de dúbio, de pouco claro ou de hipócrita – Apenas o meu inteiro respeito pelas crenças e pelos procedimentos bem intencionados e patriótico dos meus concidadãos; a inteira reivindicações é devido pelas convicções e princípios guiadores da minha vida, e do directo que me assiste de os expor pela palavra e pela escrita.
As missões civilizadoras laicas realizarão os seguintes fins:
- Espalhar a civilização portuguesa, prestigiar a prática e assimilar as populações indígenas;
- Promover a vulgarização da língua portuguesa;
- Incutir nos indígenas hábitos de higiene, de limpeza e de decência.
Cada missão civilizadora laica terá com divisa o verso:
«Glória vã não pretende, nem dinheiro»(16)
No já citado relatório entregue ao ministro das colónias, em Fevereiro de 1924, escrevi o seguinte:
«Quanto as missões laicas mereceu a sua organização maior cuidado ao Alto-Comissariado. O que foi encontrar em Angola sobre missões laicas para pouco ou nada servia. Por meio de remodelações sucessivas chegou-se ao que hoje existe que, se se mantiver e desenvolver, constituirá um dos mais prestimosos elementos para fazermos evolucionar os indígenas de Angola, numa marcha continuada, firme e rápida (sem os tirarmos inteiramente da sua civilização peculiar), do estado de atraso onde, na quase totalidade, se encontram, por uma vida mais perfeita e mais profícua para eles e para a terra onde nasceram.
A leitura do decreto Nº 300 mostrará a V. Exa a forma e sobretudo a elevação com que foi organizado em Angola o ensino profissional dos indígenas e como se aproveitaram as missões laicas para a ministrar.
Um povo colonizador que dá exemplos destes na educação, instrução e ensino das reças primitivas que tem sob a sua tutela, é digno de admiração do mundo e marcha na vanguarda das nações civilizadoras. Posso dizer isso bem alto, porque a obra admirável de civilização dos indígenas que estamos a levar a cabo em Angola, não me pertence exclusivamente. É obra da república, sobretudo, e também do espírito que formado pelos princípios da república, hoje de tão notável maneira prevalece em Angola».(17)
(16) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
(17) Idem…
2.1 – AS MISSÕES RELIGIOSAS
Constituíam estas missões elementos de alto valor para a educação e instrução dos indígenas. Seria falta imperdoável não as aproveitar, não as chamar a colaborarem com o estado, para se realizar a transformação de Angola, que a Nação inteira deseja. Mas alguma coisa era necessário emendar na organização missionária cristã em exercício na província cuja civilização e progresso me foram confiados.
2.1.1 – O DECRETO 77
Norton de Mattos redigiu o decreto 77 que nele figurava o seguinte:
Tendo ouvido o conselho executivo; e usando das faculdades que me são conferidas pelas leis em vigor; Hei por bem decretar o seguinte:
Art. Iº - Nenhuma missão de ensino e propaganda religiosa, poderá estabelecer-se na província de Angola, sem prévia licença do governador-Geral, requerida com a indicação do local onde pretende instalar-se, e obrigando-se:
1º A provar que os seus membros são ministrados da religião que professam ou auxiliares da missão;
2º A submeter à aprovação do governador-geral o problema civilizador que se propõe executar;
3º A ensinar a língua portuguesa;
4º A não ensinar qualquer língua estrangeira;
5º A ministrar aos indígenas o ensino profissional ou agrícola em harmonia com a legislação em vigor na província.
Art. IIº - Não é permitido ensinar nas escolas das missões, línguas indígenas.
Art. IIIº - O uso da língua indígena, só é permitida em língua falada na catequese, e com auxiliar no período do ensino elementar da língua portuguesa:
1º É vedado na catequese das missões, nas suas escolas e em quaisquer relações com os indígenas, o emprego das línguas indígenas por escrito ou de outra língua que não seja a portuguesa, por meio de folheto, jornais, folhas avulsas e quaisquer manuscritos.
Art. V…
1º Quando se tratar de sucursais com escolas, não poderá ser passado o bilhete de identidade sem que o professor nativo saiba falar o português.
Art. VI – As missões religiosas serão dadas as seguintes vantagens:
3º Um subsídio anual de 3.000$00 a cada missão que tenha em serviço permanente um professor europeu, missionário ou não, que possua as condições e habilitações necessárias para bem ensinar a língua portuguesa.(18)
O que mais importa neste diploma é o alto prestígio de Portugal.
Quem por experiência própria, adquiriu no exercício do difícil e tão largo mister de administração ou de administrar e governar regiões coloniais, o profundo conhecimento de bem que as missões religiosas podem produzir em terras de África e do mal que elas podem causar, não deixara de considerar este decreto como medida de grande alcance.
É necessário, sem duvido, continuar a contar com todas as boas vontades, venham eles de onde vierem, para a civilização e para o progresso de África; mas é indispensável que as missões religiosas que nas colónias portuguesas se queiram estabelecer, se sujeitem inteiramente as nossas leis e que se lhes exija a absoluta submissão à nossa soberania e à nossa orientação, em matéria de administração e instrução.(19)
Tendo sido uma das características da administração colonial portuguesa, através dos séculos, o espalhar e fixar a nossa língua. Outros países coloniais têm ou pretendem ter a este respeito modo de ver diverso. Pouco nos deveria importar neste assunto, tão estudado e tão praticado, por nós, o que os outros fazem. De resto, o que se estava dando em torno de muitas missões estrangeiras em Angola, quando, em 1912, principiei em pôr em execução o plano de transformar Angola região onde a língua da população fosse o português, de modo algum podia continuar. Havia já muitas indígenas falando inglês e o francês, além da língua nativa e não conhecendo uma palavra de português.
Abrindo a esperança neste rápido fugir da vida de que muito ficará e vingará do grande esforço, mais espiritual do que material, que me foi possível fazer, durante os meus seis (6) anos de governo, para educar, instruir e civilizar os pretos de Angola, com mira em que, no fim de duas (2) ou três (3) gerações, eles pudessem ser, moral e intelectualmente iguais aos brancos que como eles tivessem a aventura de ser cidadãos portugueses.
No que acaba de ler-se e no título que dei a esta parte da minha evocação, fala-se da educação e da instrução, mas não se vá imaginar que eu dou mais importância a uma em relação a outras nestas duas (2) tão necessárias influências no espírito humano em formação. No caso presente de povos atrasados devo dizer que sempre pensei que educar é superior a instruir. Ensinar o português e educar era a obra a iniciar em 1912.
(18) MATOS, Norton de, A nação Una
MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
(19) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. II
Muitas vezes disse em Angola, e continuei até hoje a dizê-lo na Metrópole, que tratando-se de povos atrasados a instrução, e principalmente a instrução literária, ocupava um lugar muito secundário nos primeiros passos da sua transformação, apesar de bem saber que instruir deve ser também educar.(20)
Educar por todos os meios possíveis os indígenas como se fossem nossos filhos.
O ensino da língua portuguesa instante e contínuo; os hábitos de limpeza e de higiene os mais rigorosos; a formação do carácter derivado do culto da verdade, da repulsa por qualquer indignidade; a consideração de que é sagrado que a outros pertence; o respeito pela pessoa humana; a conveniência e a urbanidade nas relações, na vida da família e na comunidade, tudo isso é essencial incutir nos pretos e é, por certo, tarefa muito mais difícil do que ensinar a ler, a escrever e a contar: - sabem-no bem os bons missionários e bons professores:
«Uns instruindo, os outros cristianizando, eu facilitando a uns e a outros, por todos os méis ao meu alcance, directos ou indirectos, a sua obra meritória: - Estamos todos sem dúvida, a caçar no mesmo terreno».(21)
(20) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
MATOS, Norton de, A nação Una
(21) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
2.1.2 - CONCLUSÕES
Tendo analisado o primeiro capítulo deste trabalho, levou-nos a concluir o seguinte:
1º No concernente a educação e a instrução, Norton de Mattos, mostrou o seu interesse de passar este elemento (que são fundamentais para a pessoa humana) desde as primeiras horas que pisou o solo Angolano, aliás, no seu primeiro discurso assim o afirmou: “A educação e a instrução dos indígenas apareceu-me desde as primeiras horas, como de uma necessidade urgente e absoluta e como um devera cumprir”;(22)
2º As escolas Rita Norton de Mattos e, as escolas-oficinas, cumpriram de forma muito séria para o cumprimento do desiderato de Norton de Mattos, pois foi com elas que se deram os primeiros passos para a supressão das línguas nacionais (indígenas). Norton de Mattos chegou mesmo a afirmar o seguinte: “Alguma coisa perderão por certo, mas não perderão tudo”;(23)
3º Norton de Mattos nunca escondeu a sua vontade de (civilizar) o povo de Angola e integrá-los na civilização portuguesa, e de facto, fez tudo o que esteve ao seu alcance para que pudesse concretizar este desiderato, e isso foi cumprido no seu decreto 77, onde constam os elementos-chaves para a dissipação completa das línguas nacionais.(24)
(22) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III, Cp.p.p. 3
(23) Cp.p.p. 6
(24) Art. Cit.,p.p.13
CAPÍTULO II
1 – AS SETE (7) TRANSFORMAÇÕES DE ANGOLA
Durante o governo de Norton de Mattos Angola passou por várias transformações, que se contaram no total de oito (8), onde enunciaremos sete (7) e faremos uma abordagem resumida sobre as mesmas.
Estas transformações foram as seguintes:
1º Passagem da organização administrativa militar para a organização administrativa civil. A posse do território;
2º O novo indígena: - da condição de trabalhador recrutado para a de proprietário e cultivador rural, os géneros pobres. O aumento da população;
3º As estradas;
4º A proibição do comércio da pólvora e armas, e do fabrico e venda de bebidas alcoólicas;
5º A assistência médica aos indígenas; higiene e melhoria da vida indígena. O congresso da medicina tropical;
6º A vida de família e o conforto dos europeus. Habitações, transportes, comunicações, segurança e ordem pública;
7º A educação e a instrução.(25)
1.1 – A POLÍTICA DE NORTON DE MATTOS
Este governador afirmou que a república iniciou uma política indígena que outras nações coloniais apontaram como exemplo e seguiram, nas suas linhas gerais. Aquela orientação foi revista, por vezes sem se entender, infelizmente, nem ao proveito dos indígenas nem ao da própria nação.
A atitude deste estadista, face à necessidade de se civilizar os indígenas, deve ser considerada como uma continuação da acção de Paiva Couceiro. Em sua opinião, a ocupação de um território, habilitado por povos diferentes dos da nação ocupante fazia-se em duas (2) fazes sucessivas:
1ª A substituição da soberania dos indígenas pela do ocupante;
2ª Estabelecimento da soberania do novo soberano no território em causa. Este período seria caracterizado por uma acção cultural e o progresso, ao passo que a primeira para a actuação dos elementos de força e expansão. Dito isso, facilmente se compreendia o valor que a civilização dos indígenas adquiriu pois identificava a última forma de ocupação de um território.(26)
(25) MATOS, Norton de, Op. Cit
(26) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
Esta preocupação foi denunciada na tomada de posse, em Luanda, do seu governo-geral. No discurso que produziu afirmou que a maior riqueza de Angola eram os habitantes da província, os quais por estarem ainda tutelados por civilizações de atrasada evolução deviam ser auxiliados a fim de progredirem, dentro dos quadros das suas civilizações. Tal atitude mereceu a repudia junto dos colonos (brancos), pois em 1912, a mentalidade que então dominava na província, e que também existia na metrópole, aceitava que o africano não podia subscrever novos elementos de cultura e, por isso, se prejudicou o respeito por ele. Esta concepção impediu que careceiro actuasse junto dos indígenas, com vista à sua evolução. Em 1912, porém, a ambiência devia estar enfraquecida, pois a borracha perdera a sua boa cotação.
A acção civilizadora, anterior a 1912, não devia ter sido brilhante, dado que, nessa época, poucos indígenas haviam logrado adquirir novos padrões culturais, uma vez que haveria, apenas, uns cinco mil (5.000) autóctones assimilados e, por outro lado, observam-se, ainda por exemplo, resíduos de servidões. Estes elementos eram sintomáticos de uma deficiente acção colonizadora. Norton de Mattos pretendeu modificar este panorama. A sua preocupação por esta problemática encontrava-se claramente reflectida no regulamento da circunscrição administrativa, de 1913, onde, com frequência se encontravam determinações com vista a protecção, dignificação e elevação dos nativos. Esta legislação enquadrava-se numa orientação que visava “acima de tudo, à rápida civilização dos indígenas, à melhoria das suas condições devida, materiais e espirituais, à sua integral protecção, a dignificar no preto de Angola, a pessoa humana”.(27) O novo sistema de administração civil, que se destinava a substituir a ocupação militar até certo ponto, também foi determinado pelo desejo de se favorecer os indígenas, pois Norton de Mattos considerava que uma ocupação, baseada no exército, impedia o aparecimento de revoltas mas sustentava o desenvolvimento económico da província, que se baseava sobretudo, no progresso material e moral dos indígenas, evitando a evolução das etnias, constituindo, portanto, “o maior dos inconvenientes para o progresso da colónia…”(28)
(27) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III p.p. 81, 182
MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
(28) MATOS, Norton de, A província, p.p. 243
1.2 – A ADMINISTRAÇÃO DE NORTON DE MATTOS
No alto-comissariado verificou-se um grande impulso na aplicação dos serviços de instrução pública dos europeus e dos autóctones, caracterizado pela instituição de um elevado centro ou número de centros de instrução primária. É importante enumerar algumas das povoações beneficiadas por este ensino, bem como a correspondente legislação que originou:
- Catabola, Camacupa, Chinguar, Dondeiro, Vila nova, Caála, Cuma, Mapunda (Lubango) e Sá da Bandeira (portaria provincial Nº 34, de 24 de Fevereiro de 1922);
- Quilengues, Ganda e Cubal (portaria provincial Nº 140, de 07 de Julho de 1922);
- Bailundo (portaria provincial Nº 151, de 28 de Julho de 1922);
- Lepi (portaria provincial Nº 173, de 10 de Outubro de 1922);
- Palanca (portaria provincial Nº 204, de 16 de Novembro de 1922);
- Bela Vista (portaria provincial Nº 216, de 9 de Dezembro de 1922);
- Vila Luso (portaria provincial Nº 221, de 10 de Dezembro de 1922);
- Cubal (portaria provincial Nº 222, de 10 de Dezembro de 1922);
- Malange (portaria provincial Nº 62, de 16 de Março de 1923);
- Cangamba (portaria provincial Nº 79, de 21 de Abril de 1923);
- Menongue (portaria provincial Nº 82, de 27 de Abril de 1923);
1.3 – A DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Norton de Mattos era de opinião que a melhor atitude a adoptar, com vista a evolução e assimilação dos indígenas, consistia em ensinar-lhes “antes de mais o falar o português”(29) Considerava-se que a principal dificuldade que se opunha à integração cultural dos autóctones consubstanciava-se justamente na variedade dos seus patrimónios linguísticos. A expansão do léxico português por outro lado favorecia o aparecimento de uma base linguística cujo a existência alicersava-se melhor a unidade nacional. Egas Moniz, discursando perante a academia de ciências de Lisboa, afirmou que a concepção de Norton de Mattos, acerca daquela matéria, era tão válida que se podia acreditar que enquanto todos os habitantes da nação não falassem a língua da pátria o país podia evoluir na escola civilizacional, mas obter-se-iam várias nacionalidades padronizadas pelos diferentes supostos linguistas.
O alto-comissário, em conformidade com o seu pensamento, adoptou medidas tendentes a acabar com o uso das línguas locais (línguas nacionais) ao mesmo tempo que não favorecia as suas expressões escritas. De entre as disposições havidas, merecem referência os Nºs 3 e 4 do primeiro artigo do decreto Nº 77, de 09 de Dezembro de 1921, que estipulava as missões religiosas a obrigatoriedade do ensino do português, proibindo-lhes simultaneamente, que leccionassem em qualquer língua estrangeira. No mesmo diploma restringia-se muito o emprego de dialectos locais e vedava-se, determinadamente, a adopção de léxicos indígenas escritos, Os próprios missionários reconheceram as vantagens da obrigatoriedade do ensino da língua portuguesa. Neste período governativo subscrevia-se a ideologia de que a existência de escolas onde unicamente se ensinassem línguas locais, dotadas de professores exclusivamente indígenas, tendo em vista a difusão de uma língua autóctone, conduziria ao funesto nativismo já detectado em certas áreas de África.
Norton de Matos, sempre preocupado com a propagação da língua, advogava que, anualmente, dezenas de crianças africanas, de ambos os sexos, pertencentes a famílias já em vias de integração cultural, de Angola e Moçambique, deviam ser levadas para a metrópole a fim de frequentarem colégios e conviverem, durante dez (10) anos, com rapazes e raparigas europeias. Regressariam, depois, às suas terras como professores auxiliares de instrução primária ou de artes e ofícios, com o objectivo principal, de ensinarem o português aos outros indígenas. Esta posição, de certo modo, já encontrou uma base de apoio pois, Carlos de Vasconcelos declarou, na Câmara dos deputados, em 1923, que só em Lisboa havia dois mil (2.000) estudantes negros, do ultramar.(30)
(29) MATOS, Norton de, África nossa, p.p. 96
(30) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
1.3.1 - CONCLUSÕES
Depois de terem sido analisados todos os aspectos do segundo capítulo, levamos a concluir o seguinte:
Nos princípios do século XX, ocorreram em Angola várias transformações que ditaram o mosaico actual do território angolano, no âmbito educacional, instrutivo, económico e até cultural. Na sua política, Norton de Mattos era apologista acérrimo da substituição da cultura autóctone pela do colonizador.
Na sua administração, puderam ser observadas as suas preocupações no ramo da instrução pública. Portanto, tudo fez para a difusão da língua portuguesa. Norton de Mattos afirmava que “a melhor forma de civilizar os indignas, era antes de mais, ensinar-lhes a falar o português”.(31)
(31) Art. Cit, p.p. 4
CONCLUSÕES GERAIS
Tendo analisado, todos os aspectos subjectivos e objectivos do nosso trabalho de investigação, chegamos a presente conclusão:
- Após as primeiras políticas (erradas) implementadas pelo estado português, havia a necessidade de se fazer uma viragem radical em termos de orientação administrativa, politica e social;
- No princípio do século XX é neste período que se vão verificar as transformações drásticas naquilo que vai constituir o mosaico sócio-cultural actual de Angola;
- A problemática do ensino das línguas nacionais foi um aspecto reduzido para o quinto plano pelo governador-geral (entenda-se Norton de Mattos);
- A problemática do ensino das línguas nacionais passou a ter os principais bloqueios que tê no período actual;
Norton de Mattos, como já se explicou, apunha-se claramente e nunca escondeu isso ao ensino das línguas nacionais; proibiu até as missões por ele legitimadas o ensino de qualquer coisa nas línguas nacionais (indígenas). Esta atitude criou o retrocesso muito grande na aprendizagem das línguas nacionais. No entanto, sobre esse assunto Norton de Mattos, justifica-se nos seguintes aspectos:
“Já que os bantu não inventaram qualquer espécie de escrita, não é maldoso ou hipocrisia que se proíba o ensino das línguas nacionais (indígenas) nas escolas, mas o que poderá ser feito fora dela”(31)
No entanto, como se sabe, como em África a palavra não voa, permanece, não se perdeu tudo felizmente. Mas, por outro lado tivemos também um ganho muito grande com a inclusão da língua portuguesa, dado que é uma língua veicular que permite o intercâmbio entre o vasto povo que habita o nosso belo território. E, tudo isso deveu-se graças aos esforços empreendidos pelo general e alto-comissário, governador-geral José Maria Ribeiro Norton de Mattos.
As línguas nacionais, no período de Norton de Mattos não tiveram nenhuma abertura, pois a sua dissipação foi manifestada por Norton de Mattos, logo no seu primeiro discurso a quando da sua chegada a Angola a 17 de Junho de 1912. Nunca é de mais repetir que Norton de Mattos era apologista de que quando um colonialista chega a um determinado território o primeiro objectivo a ser cumprido é a ocupação efectiva e o segundo a substituição completa da cultura nativa para implementação da cultura do colonizador.
Portanto, a problemática do ensino das línguas nacionais neste aspecto ou período foi nulo dada as pretensões de Norton de Mattos. Surge então aqui um desafio para as gerações vindouras.
No presente trabalho, faremos uma abordagem exaustiva sobre a problemática do ensino das línguas nacionais em Angola no período de Norton de Mattos.
É um tema bastante pertinente dada as suas influências directas no actual mosaico sócio-cultural angolano. E, para, que fosse possível fazer-se o mesmo foram usados métodos como, investigativo, indutivo e dedutivo. Esperamos que com o presente trabalho os colegas sejam capazes de conhecer a problemática do ensino das línguas nacionais no período em estudo. E, analisar os factores que concorreram para esta problemática; o período que mais adiante nós vamos debruçar é subdividido pelos seguintes períodos (1912 à 1915) e de (1921 à 1924), período em que ocorreram os governos de Norton de Matos.
José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos, nasceu em Ponde de Lima a 23 de Março de 1867. Era filho de Tomás Mendes Norton de Mattos e de Emília de Mattos Prego e Sousa. Casou-se com Ester Newton Pereira de Mattos. Frequentou o colégio de Braga, e, em 1880, ingressou na Escola Académica, de Lisboa. Em Outubro de 1884 iniciou o curso de matemática, na universidade de Coimbra, cujo bacharelato obteve em 1888, e dois anos depois concluiu o curso de Estado-Maior do exército.
Em 1910, foi nomeado mediante concurso, professor de geodesia e topografia no Instituto Superior Técnico (I.S.T). Ficou somente um ano e alguns meses pois em 1912, foi convidado para Governador-Geral de Angola, para onde partiu à 01 de Junho, tendo chegado à aquela província à 17 do mesmo mês. Era então major do corpo do Estado-Maior. Administrou esse território até Março de 1915. Revelou, nestas funções, uma notável capacidade administrativa e um grande espírito de previsão futura.
A sua vida foi quase toda consagrada ao estado e ao governo dos territórios ultramarinos. Teve, no entanto, acção preponderante noutras actividades nacionais. Em 1949, já com o posto de general, embora na reserva, apresentou a sua candidatura à presidência da república.
A extensa actividade política facultou-lhe, além de várias medalhas, o título de Sir, da coroa Belga, da Região de honra, comendador da ordem de Cristo, etc.
“Remeto inclusos 800 cruzeiros em notas, que recebi do Brasil em pagamento de um artigo que há mais de um ano escrevi para uma revista brasileira. Isto hoje pouco vale. Peço-lhe que me obtenha o maior câmbio possível.
Nunca tive tempo para fazer fortuna e agora, com as grandes despesas desta demanda doença, tenho de aproveitar todas as migalhas”(1)
(1) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Mattos alto-comissário de Angola, p.p. XVII
Poucos dias depois, a 13 de Janeiro de 1955, faleceu na localidade onde nascera. Esta ocorrência originou o desaparecimento de um dos mais ilustres portugueses de sempre.
Não pretendemos aqui fazer uma abordagem exagerada sobre Norton de Mattos dado que o nosso objectivo não é este. Mas de compreendemos melhor como foi esse grande contribuinte para a história contemporânea de Angola.
Portanto, vamos retratar já a seguir os factores e factores que concorrem para a problemática das línguas nacionais na época deste homem, a sua política e as consequências que daí advieram
CAPÍTULO I
1.- A EDUCAÇÃO E A INSTRUÇÃO
Norton de Matos afirmava que “A educação e a instrução dos indígenas apareceu-me desde as primeiras horas, como de necessidade absoluta e como um dever a cumprir”.(2) Para ele, a principal dificuldade de civilizar a África à nossa maneira, quero dizer, assimilando os seus habitantes a nós mesmos de tal forma que com o tempo apenas fique a cor a distinguir-nos e em tão pequeno e insignificante grau que acabaremos uns e outros, por não dar por ela no convívio constante e de perfeita igualdade na comunidade nacional comum, é a profunda diferença das línguas que falamos.
Enquanto os habitantes de Angola, Moçambique, Guiné, Índia e Timos não falarem todos correntemente o português, a Unidade Nacional não será perfeita e a civilização destes povos poderá fazer-se, mas conduzirá fatalmente a nacionalidade diversas.(3)
O Brasil sofou-se como nação graças a língua portuguesa que lá deixamos. Ao chegar a Angola em 17 de Junho de 1912, achei-me perante a população que era aproximadamente a seguinte:
Pretos………….3.666.000
Brancos…………...13.800
Mestiços…………..28.000
3.707.800 Habitantes
Dos mestiços e pretos só 18.000 falariam o português; e dos 3.694.000, mestiços e pretos uns 600.000 à 700.000 estariam em idade de aprenderem a nossa língua. Como transformar este estado de coisas? Seriam necessárias muitas dezenas de anos; um grande número de escolas onde principalmente, quase exclusivamente, se pensasse no ensino da língua portuguesa; um rápido povoamento de Angola com famílias portuguesas, que deveriam atingir no fim de 35 anos a contar de 1915, um milhão de pessoas. Mas era necessário caminhar sem assustar ninguém.
Pus-me a dar os primeiros passos para a realização do formidável projecto de se fazerem esquecer o mais rapidamente possível as línguas de Angola, substituindo-as pela língua portuguesa; e o facto de os Bantu nunca terem aproveitado ou inventado qualquer espécie de escrita na sua vida em comunidade, desviava deste propósito qualquer aspecto de destruição ou de injustiça.(4)
(2) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(3) Idem…
(4) Ibidem…
Quando cheguei a Angola, o orçamento em vigor fixava para a Indústria Pública a verba de 16.000 escudos, na qual a quase exclusiva despesa era o pagamento de 14 professores de instrução primária, únicos que havia na província. No meu orçamento de 1913-1914 consegui elevar o número de professores a noventa e oito (98) e a despesa com a instrução da província a 84.056 escudos (£=5$00). Uma proposta orçamental suplementar elevou o número dessa categoria de professores a 112, e tendo-se principiado a instalar e a mobilizar as escolas respectivas.
Em 08 de Abril de 1912, Norton de Matos mandou ao ministro da colónias sobre matéria de instrução na província de Angola um desenvolvido relatório. Norton afirmou o seguinte: “a minha opinião mantém-se a mesma que acabo de apresentar quanto a aprendizagem da língua portuguesa e a substituição total por ele de todas as línguas indígenas”.(5) Já depois de sua saída continuou a defender os seus intentos, nos seguintes termos: “mantenho ainda hoje a minha oposição à abertura de qualquer ensino superior ou universitário na província; continuo a advogar com a maior insistência o ensino profissional que tivesse por fim a formação no interior de Angola de auxiliares técnicos de onde as crianças adquirirão hábitos de limpeza, de higiene, de decência e de moralidade.”(6)
Quando voltou a Angola, em 1921, encontrou essa verba reduzida para 26 contos. Estava a libra a 42$00 e a subir rapidamente o caminho que a levou a 134$00, em 1924. Esses valores de constituíram numa recordação bastante dolorosa de Norton de Mattos. O seu orçamento de 1921-1922 elevou essa verba a 732 contos que passaram para 1.858 contos no orçamento seguinte e para 2.663 contos no do ano de 1923-1924.
Permitiram estas verbas e, principalmente o espírito que presidiu a sua aplicação, levar a centenas de indígenas os benefícios da instrução e, sobretudo, espalhar entre as populações indígenas a convicção de que Portugal desejava dotar o mais rapidamente possível todos os grandes centros de população preta de escolas, onde se aprendesse a falar, a ler e a escrever a língua portuguesa.
Norton de Mattos concluiu “Não me foi necessário muito tempo de permanência em Angola para me convencer de que era esta a ambição máxima dos indígenas da província. Não a soubemos aproveitar, nos anos que decorreram a partir de 1923”.(7)
(5) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(6) Idem…
(7) Ibidem…
1.1.- ESCOLAS RITA NORTON DE MATOS.
Criaram-se em Angola escolas para a educação de crianças indígenas do sexo feminino às quais um acto de justiça e reconhecimento deu o nome de «Escolas Rita Norton de Mattos». Os princípios basilares e a orientação que presidiram a organização destes estabelecimentos podem resumir-se da seguinte maneira:
1º Essas escolas são destinadas exclusivamente a raparigas indígenas, que devem principiar a frequentá-las de terra idade, para que a força dos hábitos adquiridos no seio das famílias, não oponha barreira insuperável à educação à ministrar;
2º O regime escolar é o de semi-internato, para que a criança esteja bastante horas separada da família indígenas, mas não segregada dela;
3º A escola será sobretudo uma casa de educação e trabalho, onde as crianças adquirirão hábitos de limpeza, de higiene, de decência e de moralidade;
4º A escola não terá qualquer criados ou serviçais, sendo todo o trabalho doméstico interno, de limpeza, de lavagem de roupa, cozinha, serviço de mesa, etc., feito pelas crianças indígenas, por turnos e segundo as suas idades;
5º A comida e o vestuário das crianças serão os usuais da família indígena a que pertencem, apenas mais cuidados e mais limpos;
6º Haverá uma aula de costura em que se ensine unicamente a fazer roupa modesta, de homem e de mulher, que usem ou devem usar os indígenas da região onde estiver situado a escola;
A instrução literária limitar-se-á a falar, a ler e escrever o português, as quatro operações aritméticas e ao conhecimento da moeda e dos pesos e medidas correntes em Angola. Simples palestras sobre higiene das pessoas e das habitações, contra os vícios e práticas nocivas, usos e costumes nefastos de vida do indígena, sobre a história de Portugal e os benefícios da civilização portuguesa, adequadas as idades e ao desenvolvimento intelectual dos ouvintes, serão frequentemente feitas.
“Alguma coisa perderão por certo, mas não perderão tudo, afirmou Norton de Mattos.(8) A criança passará a ser na famílias indígena um elemento de educação, e a sua influência educativa crescerá com os anos de frequência escolar.
E quando, findo este período de seis (6) a oito (8) anos de escola, as raparigas pretas, transformadas em mulheres de uma civilização e moralidade superior, voltem definitivamente à vida da família, constituíam famílias regulares e de harmonia com as nossas leis, religiosas e costumes, a sua influência no sentido que desejamos será enorme. Nunca a influência do homem educado nas escolas profissionais poderá na vida de famílias, na evolução social que temos em vista, aproximar-se sequer da mulher.
(8) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
Montem-se algumas centenas destas escolas em Angola, dizia Norton de Matos, coloquem-se em cada uma delas duas (2) mulheres portuguesas que sejam capazes de desempenhar a alta-missão que este plano educativo exige, e Angola transformar-se-á, por completo, no que respeita à civilização dos indígenas, dentro de poucas gerações.
Assim pensou desde a primeira hora, pois que a primeira «escola Rita de Norton de Mattos» foi criada por diploma de 03 de Outubro de 1912. No preâmbulo deste documento Norton de Mattos escreveu: “Sendo certo de que a educação da mulher indígena habituada aos mais rudes trabalhos e constituindo por isso mesmo um elemento preponderante nas sociedades nativas, será um dos melhores meios de abrir brecha na ignorância, nas superstições, nos preconceitos e nos vícios das populações de Angola; não me restando qualquer dúvida de que, para se obterem resultados propícios das instituições escolares para indígenas, a instrução literária deve ceder o pano ao ensino profissional”.(9)
A primeira das escolas de que Norton de Mattos retrata foi inaugurada em Luanda em 31 de Janeiro de 1913. Poucos dias antes, um diploma seu aprovava o regulamento dessas escolas. Nele claramente se revela o espírito e as intenções que presidiam à sua criação. Bastantes anos depois, ao dizer ao que foram as bases da sua política indígena Norton de Mattos escreveu novamente: «Pôr, enquanto se trata de indígenas, a educação e o ensino de uma profissão manual acima da instrução literária».(10)
Pelo seu já referido projecto de orçamento para 1913-1914, criara-se em todos os distritos da província escolas daquela natureza para o sexo feminino e escolas profissionais de artes e ofícios para o sexo masculino indígena.(11)
A guerra obrigou-o a sair de Angola e tudo aquilo ficou quase tudo no papel.
Foi-lhe possível, em 1921 à 1924, investido como estava dos poderes de Alto-Comissário da república, dar um grande impulso à instrução dos indígenas de Angola. No ano de 1922 publicou 29 diplomas com esse fim, e, ao terminar desse ano, tinham sido criadas 44 escolas novas. Em 1923, for mantida esta grande intensidade no desenvolvimento da instrução pública.
(9) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(10) Idem…
(11) Ibidem…
1.2 – CRIAÇÃO DAS ESCOLAS-OFICINAS
Os serviços públicos de espécie de instrução atingiram uma grande expansão, caracterizada pelo aparecimento de um elevado número de escolas-oficinas, umas destinadas a raparigas, a maioria, porém, reservadas aos rapazes, e uma com carácter misto. De entre as que visavam o sector populacional feminino, podem menciona-se:
- As escolas primárias técnicas, de semi-internato, criadas no Dondo, Belmonte e Andulo, pela portaria provincial Nº 30, de 23 de Fevereiro de 1922, cujo ensino constava de instrução literária rudimentar, de prática de costura, corte e confecção de vestuário comum, de nações de misteres domésticos, da aprendizagem de noções higiénicas e de cuidados a observar no tratamento dos filhos.
- O asilo-escola Rita Norton de Matos, aprovado por decreto Nº 199, de 24 de Julho de 1922, que acomodava em regime de internato, um mínimo de cinquenta (50) crianças e aceitava, na modalidade de semi-internato, o número de alunos que as instalações comportassem. Funcionava em Luanda e destinava-se a obrigar e a educar propriamente as crianças indígenas.
- A escola de ensino primário fundada em Malange, pela portaria provincial Nº 20, de 25 de Janeiro de 1923, que seguia uma política educacional idêntica à seguida no asilo-escola de Luanda.
As escolas destinadas aos rapazes visavam, na parte do ensino profissional, incutir-lhes noções de marcenaria, carpintaria, de pedreiro, de alfaiataria, de sapateiro, de ferreiro, de serralheiro, de oleiro, etc… Destas mencionar-se-ão as criadas nas seguintes localidades:
- Escola-oficona 21 de Janeiro, que funcionava em Luanda de acordo com a portaria provincial Nº 29, de 23 de Fevereiro de 1922;
- As escolas de Catete, Gabela, Nova Seles, Mussende, Calulu, Muxima e Vila Liso, todas aprovadas pela portaria provincial Nº 33, de 24 de Fevereiro de 1922;
- A de Saurimo, instituída pela portaria provincial Nº 52, de 10 de Março de 1922;
- As de Cabinda, Maquela do Zombo, Santo António do Zaire, Malange, Gnada e Cubango, criadas pela portaria provincial Nº 54, de 10 de Março de 1922;
- A escola do Cuma, cujo aparecimento se deve à portaria Nº 145, de 28 de Julho de 1922;
- A escola do Bailundo, criada pela portaria provincial Nº 149, de 28 de Julho de 1922;
- A do Ambriz, regulada pela portaria provincial Nº 155, de 17 de Agosto de 1922;
- A do Andulo (portaria provincial Nº 191, de 31 de Outubro de 1922);
- A de Kangamba (portaria provincial Nº 202, de 16 de Novembro de 1922);
- A escola da sede da circulação civil do Alto-Cwanza aprovada pela portaria provincial Nº 80, de 25 de Abril de 1923.(12)
Pelo que se verifica, o esquema seguido adoptou escolas separadas, conforme se destinavam a rapazes ou a raparigas. Tal orientação devia ter sido imposta pela diferente natureza dos ofícios que se tornava necessária ministrar aos interessados. A contrair esta política, verificava-se, apenas uma excepção determinada pela portaria provincial Nº 32, de 24 de Fevereiro de 1922, que institui, na Humpata, uma escola-oficina para ambos os sexos denominado Óscar Torres, para cujas instalações se reservaram os edifícios destinados aos serviços de aviação.(13)
(12) MATOS, Norton de, providências, de 1922, p.p. 192, 290, 320, 482, 533 e 389
(13) Ibidem, de 1923, 313, 389
1.2.1 – REGULAMENTO GERAL DAS ESCOLAS-OFICINAS
Constitui este diploma a verdadeira «carta de instrução dos indígenas de Angola».
O décimo artigo do decreto Nº 30, de 26 de Julho de 1921, preceituava que seriam criadas, em todos os concelhos e circunscrições administrativas onde as não houvesse, escolas-oficinas para o ensino de indígenas. Foi aprovado, posteriormente, o regulamento geral das escolas oficinas, pelo decreto Nº 242, de 22 de Fevereiro de 1923, que era a verdadeira “carta da instrução dos indígenas de Angola”(14) Neste regulamento encontravam-se estabelecidas as regras que deviam enquadrar as actividades escolares. Era constituído por dez (10) capítulos, cujos títulos foram assim enunciados; instituição e fins das escolas, instalação das escola; organização do ensino (disposições gerais, instrução literária e técnica, educação moral e cultura cívica/física), regime escolar e admissão de alunos, tempo escolar, pessoal de ensino, administração de escolas, superintendência e fiscalização das escolas e disposições gerais. A instrução ministrada nestes centros de aperfeiçoamento, compreendia de uma maneira geral, para os alunos, a difusão da língua portuguesa, o ensino literário, a aprendizagem de artes e ofícios e a educação moral e física e, para as alunas, mantinha-se o mesmo programa, excepto a prática de artes e ofícios que era substituída pelo ensino da costura, de trabalhos domésticos ou de qualquer outra ocupação compatível com a natureza feminina. A orientação atribuída a essas escolas permitia o aperfeiçoamento e a moralização dos hábitos e do carácter das populações e, no que respeitava aos centros para as raparigas, constituíam mais casas de trabalho do que escolas.
O ensino prosseguido por estas escolas era gratuito e apresentava várias modalidades:
- Escolas com o regime de semi-internato, para rapazes;
- Asilos-escolares, para os menores de sexo masculino, onde os alunos além da educação, recebiam completa assistência material;
- Escolas com o regime de semi-internato, para raparigas, do género das antigas escolas Rita Norton de Mattos;
- Asilos-escolas, para as menores do sexo feminino, do estilo do asilo-escola Rita Norton de Mattos.(15)
(14) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, volume III
(15) MATOS, Norton de, providências, de 1923, 39 a 55
MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida vol. III, p.p. 311 a 313
MATOS, Norton de, A nação Una, p.p 96, 235
2. – CRIAÇÃO DA MISSÕES CIVILIZADORAS LAICAS.
O decreto 300, marcou a minha posição no quadro da vida nacional; foi um diploma legislativo que criou em Angola esta espécie de missões. Nada há nele de ambíguo, de dúbio, de pouco claro ou de hipócrita – Apenas o meu inteiro respeito pelas crenças e pelos procedimentos bem intencionados e patriótico dos meus concidadãos; a inteira reivindicações é devido pelas convicções e princípios guiadores da minha vida, e do directo que me assiste de os expor pela palavra e pela escrita.
As missões civilizadoras laicas realizarão os seguintes fins:
- Espalhar a civilização portuguesa, prestigiar a prática e assimilar as populações indígenas;
- Promover a vulgarização da língua portuguesa;
- Incutir nos indígenas hábitos de higiene, de limpeza e de decência.
Cada missão civilizadora laica terá com divisa o verso:
«Glória vã não pretende, nem dinheiro»(16)
No já citado relatório entregue ao ministro das colónias, em Fevereiro de 1924, escrevi o seguinte:
«Quanto as missões laicas mereceu a sua organização maior cuidado ao Alto-Comissariado. O que foi encontrar em Angola sobre missões laicas para pouco ou nada servia. Por meio de remodelações sucessivas chegou-se ao que hoje existe que, se se mantiver e desenvolver, constituirá um dos mais prestimosos elementos para fazermos evolucionar os indígenas de Angola, numa marcha continuada, firme e rápida (sem os tirarmos inteiramente da sua civilização peculiar), do estado de atraso onde, na quase totalidade, se encontram, por uma vida mais perfeita e mais profícua para eles e para a terra onde nasceram.
A leitura do decreto Nº 300 mostrará a V. Exa a forma e sobretudo a elevação com que foi organizado em Angola o ensino profissional dos indígenas e como se aproveitaram as missões laicas para a ministrar.
Um povo colonizador que dá exemplos destes na educação, instrução e ensino das reças primitivas que tem sob a sua tutela, é digno de admiração do mundo e marcha na vanguarda das nações civilizadoras. Posso dizer isso bem alto, porque a obra admirável de civilização dos indígenas que estamos a levar a cabo em Angola, não me pertence exclusivamente. É obra da república, sobretudo, e também do espírito que formado pelos princípios da república, hoje de tão notável maneira prevalece em Angola».(17)
(16) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
(17) Idem…
2.1 – AS MISSÕES RELIGIOSAS
Constituíam estas missões elementos de alto valor para a educação e instrução dos indígenas. Seria falta imperdoável não as aproveitar, não as chamar a colaborarem com o estado, para se realizar a transformação de Angola, que a Nação inteira deseja. Mas alguma coisa era necessário emendar na organização missionária cristã em exercício na província cuja civilização e progresso me foram confiados.
2.1.1 – O DECRETO 77
Norton de Mattos redigiu o decreto 77 que nele figurava o seguinte:
Tendo ouvido o conselho executivo; e usando das faculdades que me são conferidas pelas leis em vigor; Hei por bem decretar o seguinte:
Art. Iº - Nenhuma missão de ensino e propaganda religiosa, poderá estabelecer-se na província de Angola, sem prévia licença do governador-Geral, requerida com a indicação do local onde pretende instalar-se, e obrigando-se:
1º A provar que os seus membros são ministrados da religião que professam ou auxiliares da missão;
2º A submeter à aprovação do governador-geral o problema civilizador que se propõe executar;
3º A ensinar a língua portuguesa;
4º A não ensinar qualquer língua estrangeira;
5º A ministrar aos indígenas o ensino profissional ou agrícola em harmonia com a legislação em vigor na província.
Art. IIº - Não é permitido ensinar nas escolas das missões, línguas indígenas.
Art. IIIº - O uso da língua indígena, só é permitida em língua falada na catequese, e com auxiliar no período do ensino elementar da língua portuguesa:
1º É vedado na catequese das missões, nas suas escolas e em quaisquer relações com os indígenas, o emprego das línguas indígenas por escrito ou de outra língua que não seja a portuguesa, por meio de folheto, jornais, folhas avulsas e quaisquer manuscritos.
Art. V…
1º Quando se tratar de sucursais com escolas, não poderá ser passado o bilhete de identidade sem que o professor nativo saiba falar o português.
Art. VI – As missões religiosas serão dadas as seguintes vantagens:
3º Um subsídio anual de 3.000$00 a cada missão que tenha em serviço permanente um professor europeu, missionário ou não, que possua as condições e habilitações necessárias para bem ensinar a língua portuguesa.(18)
O que mais importa neste diploma é o alto prestígio de Portugal.
Quem por experiência própria, adquiriu no exercício do difícil e tão largo mister de administração ou de administrar e governar regiões coloniais, o profundo conhecimento de bem que as missões religiosas podem produzir em terras de África e do mal que elas podem causar, não deixara de considerar este decreto como medida de grande alcance.
É necessário, sem duvido, continuar a contar com todas as boas vontades, venham eles de onde vierem, para a civilização e para o progresso de África; mas é indispensável que as missões religiosas que nas colónias portuguesas se queiram estabelecer, se sujeitem inteiramente as nossas leis e que se lhes exija a absoluta submissão à nossa soberania e à nossa orientação, em matéria de administração e instrução.(19)
Tendo sido uma das características da administração colonial portuguesa, através dos séculos, o espalhar e fixar a nossa língua. Outros países coloniais têm ou pretendem ter a este respeito modo de ver diverso. Pouco nos deveria importar neste assunto, tão estudado e tão praticado, por nós, o que os outros fazem. De resto, o que se estava dando em torno de muitas missões estrangeiras em Angola, quando, em 1912, principiei em pôr em execução o plano de transformar Angola região onde a língua da população fosse o português, de modo algum podia continuar. Havia já muitas indígenas falando inglês e o francês, além da língua nativa e não conhecendo uma palavra de português.
Abrindo a esperança neste rápido fugir da vida de que muito ficará e vingará do grande esforço, mais espiritual do que material, que me foi possível fazer, durante os meus seis (6) anos de governo, para educar, instruir e civilizar os pretos de Angola, com mira em que, no fim de duas (2) ou três (3) gerações, eles pudessem ser, moral e intelectualmente iguais aos brancos que como eles tivessem a aventura de ser cidadãos portugueses.
No que acaba de ler-se e no título que dei a esta parte da minha evocação, fala-se da educação e da instrução, mas não se vá imaginar que eu dou mais importância a uma em relação a outras nestas duas (2) tão necessárias influências no espírito humano em formação. No caso presente de povos atrasados devo dizer que sempre pensei que educar é superior a instruir. Ensinar o português e educar era a obra a iniciar em 1912.
(18) MATOS, Norton de, A nação Una
MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
(19) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. II
Muitas vezes disse em Angola, e continuei até hoje a dizê-lo na Metrópole, que tratando-se de povos atrasados a instrução, e principalmente a instrução literária, ocupava um lugar muito secundário nos primeiros passos da sua transformação, apesar de bem saber que instruir deve ser também educar.(20)
Educar por todos os meios possíveis os indígenas como se fossem nossos filhos.
O ensino da língua portuguesa instante e contínuo; os hábitos de limpeza e de higiene os mais rigorosos; a formação do carácter derivado do culto da verdade, da repulsa por qualquer indignidade; a consideração de que é sagrado que a outros pertence; o respeito pela pessoa humana; a conveniência e a urbanidade nas relações, na vida da família e na comunidade, tudo isso é essencial incutir nos pretos e é, por certo, tarefa muito mais difícil do que ensinar a ler, a escrever e a contar: - sabem-no bem os bons missionários e bons professores:
«Uns instruindo, os outros cristianizando, eu facilitando a uns e a outros, por todos os méis ao meu alcance, directos ou indirectos, a sua obra meritória: - Estamos todos sem dúvida, a caçar no mesmo terreno».(21)
(20) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
MATOS, Norton de, A nação Una
(21) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III
2.1.2 - CONCLUSÕES
Tendo analisado o primeiro capítulo deste trabalho, levou-nos a concluir o seguinte:
1º No concernente a educação e a instrução, Norton de Mattos, mostrou o seu interesse de passar este elemento (que são fundamentais para a pessoa humana) desde as primeiras horas que pisou o solo Angolano, aliás, no seu primeiro discurso assim o afirmou: “A educação e a instrução dos indígenas apareceu-me desde as primeiras horas, como de uma necessidade urgente e absoluta e como um devera cumprir”;(22)
2º As escolas Rita Norton de Mattos e, as escolas-oficinas, cumpriram de forma muito séria para o cumprimento do desiderato de Norton de Mattos, pois foi com elas que se deram os primeiros passos para a supressão das línguas nacionais (indígenas). Norton de Mattos chegou mesmo a afirmar o seguinte: “Alguma coisa perderão por certo, mas não perderão tudo”;(23)
3º Norton de Mattos nunca escondeu a sua vontade de (civilizar) o povo de Angola e integrá-los na civilização portuguesa, e de facto, fez tudo o que esteve ao seu alcance para que pudesse concretizar este desiderato, e isso foi cumprido no seu decreto 77, onde constam os elementos-chaves para a dissipação completa das línguas nacionais.(24)
(22) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III, Cp.p.p. 3
(23) Cp.p.p. 6
(24) Art. Cit.,p.p.13
CAPÍTULO II
1 – AS SETE (7) TRANSFORMAÇÕES DE ANGOLA
Durante o governo de Norton de Mattos Angola passou por várias transformações, que se contaram no total de oito (8), onde enunciaremos sete (7) e faremos uma abordagem resumida sobre as mesmas.
Estas transformações foram as seguintes:
1º Passagem da organização administrativa militar para a organização administrativa civil. A posse do território;
2º O novo indígena: - da condição de trabalhador recrutado para a de proprietário e cultivador rural, os géneros pobres. O aumento da população;
3º As estradas;
4º A proibição do comércio da pólvora e armas, e do fabrico e venda de bebidas alcoólicas;
5º A assistência médica aos indígenas; higiene e melhoria da vida indígena. O congresso da medicina tropical;
6º A vida de família e o conforto dos europeus. Habitações, transportes, comunicações, segurança e ordem pública;
7º A educação e a instrução.(25)
1.1 – A POLÍTICA DE NORTON DE MATTOS
Este governador afirmou que a república iniciou uma política indígena que outras nações coloniais apontaram como exemplo e seguiram, nas suas linhas gerais. Aquela orientação foi revista, por vezes sem se entender, infelizmente, nem ao proveito dos indígenas nem ao da própria nação.
A atitude deste estadista, face à necessidade de se civilizar os indígenas, deve ser considerada como uma continuação da acção de Paiva Couceiro. Em sua opinião, a ocupação de um território, habilitado por povos diferentes dos da nação ocupante fazia-se em duas (2) fazes sucessivas:
1ª A substituição da soberania dos indígenas pela do ocupante;
2ª Estabelecimento da soberania do novo soberano no território em causa. Este período seria caracterizado por uma acção cultural e o progresso, ao passo que a primeira para a actuação dos elementos de força e expansão. Dito isso, facilmente se compreendia o valor que a civilização dos indígenas adquiriu pois identificava a última forma de ocupação de um território.(26)
(25) MATOS, Norton de, Op. Cit
(26) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
Esta preocupação foi denunciada na tomada de posse, em Luanda, do seu governo-geral. No discurso que produziu afirmou que a maior riqueza de Angola eram os habitantes da província, os quais por estarem ainda tutelados por civilizações de atrasada evolução deviam ser auxiliados a fim de progredirem, dentro dos quadros das suas civilizações. Tal atitude mereceu a repudia junto dos colonos (brancos), pois em 1912, a mentalidade que então dominava na província, e que também existia na metrópole, aceitava que o africano não podia subscrever novos elementos de cultura e, por isso, se prejudicou o respeito por ele. Esta concepção impediu que careceiro actuasse junto dos indígenas, com vista à sua evolução. Em 1912, porém, a ambiência devia estar enfraquecida, pois a borracha perdera a sua boa cotação.
A acção civilizadora, anterior a 1912, não devia ter sido brilhante, dado que, nessa época, poucos indígenas haviam logrado adquirir novos padrões culturais, uma vez que haveria, apenas, uns cinco mil (5.000) autóctones assimilados e, por outro lado, observam-se, ainda por exemplo, resíduos de servidões. Estes elementos eram sintomáticos de uma deficiente acção colonizadora. Norton de Mattos pretendeu modificar este panorama. A sua preocupação por esta problemática encontrava-se claramente reflectida no regulamento da circunscrição administrativa, de 1913, onde, com frequência se encontravam determinações com vista a protecção, dignificação e elevação dos nativos. Esta legislação enquadrava-se numa orientação que visava “acima de tudo, à rápida civilização dos indígenas, à melhoria das suas condições devida, materiais e espirituais, à sua integral protecção, a dignificar no preto de Angola, a pessoa humana”.(27) O novo sistema de administração civil, que se destinava a substituir a ocupação militar até certo ponto, também foi determinado pelo desejo de se favorecer os indígenas, pois Norton de Mattos considerava que uma ocupação, baseada no exército, impedia o aparecimento de revoltas mas sustentava o desenvolvimento económico da província, que se baseava sobretudo, no progresso material e moral dos indígenas, evitando a evolução das etnias, constituindo, portanto, “o maior dos inconvenientes para o progresso da colónia…”(28)
(27) MATOS, Norton de, memórias e trabalhos de minha vida, vol. III p.p. 81, 182
MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
(28) MATOS, Norton de, A província, p.p. 243
1.2 – A ADMINISTRAÇÃO DE NORTON DE MATTOS
No alto-comissariado verificou-se um grande impulso na aplicação dos serviços de instrução pública dos europeus e dos autóctones, caracterizado pela instituição de um elevado centro ou número de centros de instrução primária. É importante enumerar algumas das povoações beneficiadas por este ensino, bem como a correspondente legislação que originou:
- Catabola, Camacupa, Chinguar, Dondeiro, Vila nova, Caála, Cuma, Mapunda (Lubango) e Sá da Bandeira (portaria provincial Nº 34, de 24 de Fevereiro de 1922);
- Quilengues, Ganda e Cubal (portaria provincial Nº 140, de 07 de Julho de 1922);
- Bailundo (portaria provincial Nº 151, de 28 de Julho de 1922);
- Lepi (portaria provincial Nº 173, de 10 de Outubro de 1922);
- Palanca (portaria provincial Nº 204, de 16 de Novembro de 1922);
- Bela Vista (portaria provincial Nº 216, de 9 de Dezembro de 1922);
- Vila Luso (portaria provincial Nº 221, de 10 de Dezembro de 1922);
- Cubal (portaria provincial Nº 222, de 10 de Dezembro de 1922);
- Malange (portaria provincial Nº 62, de 16 de Março de 1923);
- Cangamba (portaria provincial Nº 79, de 21 de Abril de 1923);
- Menongue (portaria provincial Nº 82, de 27 de Abril de 1923);
1.3 – A DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Norton de Mattos era de opinião que a melhor atitude a adoptar, com vista a evolução e assimilação dos indígenas, consistia em ensinar-lhes “antes de mais o falar o português”(29) Considerava-se que a principal dificuldade que se opunha à integração cultural dos autóctones consubstanciava-se justamente na variedade dos seus patrimónios linguísticos. A expansão do léxico português por outro lado favorecia o aparecimento de uma base linguística cujo a existência alicersava-se melhor a unidade nacional. Egas Moniz, discursando perante a academia de ciências de Lisboa, afirmou que a concepção de Norton de Mattos, acerca daquela matéria, era tão válida que se podia acreditar que enquanto todos os habitantes da nação não falassem a língua da pátria o país podia evoluir na escola civilizacional, mas obter-se-iam várias nacionalidades padronizadas pelos diferentes supostos linguistas.
O alto-comissário, em conformidade com o seu pensamento, adoptou medidas tendentes a acabar com o uso das línguas locais (línguas nacionais) ao mesmo tempo que não favorecia as suas expressões escritas. De entre as disposições havidas, merecem referência os Nºs 3 e 4 do primeiro artigo do decreto Nº 77, de 09 de Dezembro de 1921, que estipulava as missões religiosas a obrigatoriedade do ensino do português, proibindo-lhes simultaneamente, que leccionassem em qualquer língua estrangeira. No mesmo diploma restringia-se muito o emprego de dialectos locais e vedava-se, determinadamente, a adopção de léxicos indígenas escritos, Os próprios missionários reconheceram as vantagens da obrigatoriedade do ensino da língua portuguesa. Neste período governativo subscrevia-se a ideologia de que a existência de escolas onde unicamente se ensinassem línguas locais, dotadas de professores exclusivamente indígenas, tendo em vista a difusão de uma língua autóctone, conduziria ao funesto nativismo já detectado em certas áreas de África.
Norton de Matos, sempre preocupado com a propagação da língua, advogava que, anualmente, dezenas de crianças africanas, de ambos os sexos, pertencentes a famílias já em vias de integração cultural, de Angola e Moçambique, deviam ser levadas para a metrópole a fim de frequentarem colégios e conviverem, durante dez (10) anos, com rapazes e raparigas europeias. Regressariam, depois, às suas terras como professores auxiliares de instrução primária ou de artes e ofícios, com o objectivo principal, de ensinarem o português aos outros indígenas. Esta posição, de certo modo, já encontrou uma base de apoio pois, Carlos de Vasconcelos declarou, na Câmara dos deputados, em 1923, que só em Lisboa havia dois mil (2.000) estudantes negros, do ultramar.(30)
(29) MATOS, Norton de, África nossa, p.p. 96
(30) MASCARENHAS, Renato F. Antunes, Norton de Matos alto-comissário e governador-geral de Angola
1.3.1 - CONCLUSÕES
Depois de terem sido analisados todos os aspectos do segundo capítulo, levamos a concluir o seguinte:
Nos princípios do século XX, ocorreram em Angola várias transformações que ditaram o mosaico actual do território angolano, no âmbito educacional, instrutivo, económico e até cultural. Na sua política, Norton de Mattos era apologista acérrimo da substituição da cultura autóctone pela do colonizador.
Na sua administração, puderam ser observadas as suas preocupações no ramo da instrução pública. Portanto, tudo fez para a difusão da língua portuguesa. Norton de Mattos afirmava que “a melhor forma de civilizar os indignas, era antes de mais, ensinar-lhes a falar o português”.(31)
(31) Art. Cit, p.p. 4
CONCLUSÕES GERAIS
Tendo analisado, todos os aspectos subjectivos e objectivos do nosso trabalho de investigação, chegamos a presente conclusão:
- Após as primeiras políticas (erradas) implementadas pelo estado português, havia a necessidade de se fazer uma viragem radical em termos de orientação administrativa, politica e social;
- No princípio do século XX é neste período que se vão verificar as transformações drásticas naquilo que vai constituir o mosaico sócio-cultural actual de Angola;
- A problemática do ensino das línguas nacionais foi um aspecto reduzido para o quinto plano pelo governador-geral (entenda-se Norton de Mattos);
- A problemática do ensino das línguas nacionais passou a ter os principais bloqueios que tê no período actual;
Norton de Mattos, como já se explicou, apunha-se claramente e nunca escondeu isso ao ensino das línguas nacionais; proibiu até as missões por ele legitimadas o ensino de qualquer coisa nas línguas nacionais (indígenas). Esta atitude criou o retrocesso muito grande na aprendizagem das línguas nacionais. No entanto, sobre esse assunto Norton de Mattos, justifica-se nos seguintes aspectos:
“Já que os bantu não inventaram qualquer espécie de escrita, não é maldoso ou hipocrisia que se proíba o ensino das línguas nacionais (indígenas) nas escolas, mas o que poderá ser feito fora dela”(31)
No entanto, como se sabe, como em África a palavra não voa, permanece, não se perdeu tudo felizmente. Mas, por outro lado tivemos também um ganho muito grande com a inclusão da língua portuguesa, dado que é uma língua veicular que permite o intercâmbio entre o vasto povo que habita o nosso belo território. E, tudo isso deveu-se graças aos esforços empreendidos pelo general e alto-comissário, governador-geral José Maria Ribeiro Norton de Mattos.
As línguas nacionais, no período de Norton de Mattos não tiveram nenhuma abertura, pois a sua dissipação foi manifestada por Norton de Mattos, logo no seu primeiro discurso a quando da sua chegada a Angola a 17 de Junho de 1912. Nunca é de mais repetir que Norton de Mattos era apologista de que quando um colonialista chega a um determinado território o primeiro objectivo a ser cumprido é a ocupação efectiva e o segundo a substituição completa da cultura nativa para implementação da cultura do colonizador.
Portanto, a problemática do ensino das línguas nacionais neste aspecto ou período foi nulo dada as pretensões de Norton de Mattos. Surge então aqui um desafio para as gerações vindouras.
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